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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Matthews Stanford livre de sua cadeira de rodas
Davi Holanda

Matthews Stanford livre de sua cadeira de rodas

Esse monumento que foi feito por Ernest, em homenagem a Matthews (seu filho), em que ele salta, para fora de sua cadeira de rodas onde passou maior parte de sua vida; mostrando que ele agora estar livre.

Monumento feito por Earnest, pai de Matthew Stanford 
Matthews nasceu em 23 de setembro de 1988, em Salt Lake City, EUA. Com uma doença grave, sua expectativa de vida era de apenas algumas horas, disseram os médicos. Mas, na contra-mão, Matthews viveu por quase 11 anos e morreu tranquilamente enquanto dormia, em 1999.

"E então ela deve vir a passar, que os espíritos daqueles que são justos será recebido num estado de felicidade, que é chamado paraíso, um estado de paz, onde descansará de todas as suas aflições e de todas as suas tristezas".

"Matthews foi uma alegria e inspiração para todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Ele era um testemunho da divindade suprema da alma e uma forma de realização da integralidade nossos espíritos anseiam. A piedade de sua alma inspirada, influenciando e abençoou todos que o conheciam. Ele veio a este mundo como um milagre."

Sua presença inspirou a todos aqueles que  conheciam. Ele abriu seus corações, assim como seus olhos. É assim que ele é lembrado por seus pais: Ernest e Anneke; irmãs e irmãos, Korrin, Marc, Jared, e Emily de Murray, Utah, e Elizabeth. Também pelos avós e outros membros da família.

Nascimento: 23 de setembro de 1988, Salt Lake City. Salt Lake County Utah, EUA

Morte: 21 de fevereiro de 1999, Salt Lake County
Utah, EUA

Enterro: Salt Lake City Cemetery Salt Lake City Salt Lake County Utah, EUA Sinopse: WEST_6_130_1W

Sepultura Memorial # 7140314

Memorial de Matthew Stanford 
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

LEONID ROGOZOV E SUA AUTOCIRURGIA HISTÓRICA
Davi Holanda

LEONID ROGOZOV E SUA AUTOCIRURGIA HISTÓRICA

No dia 29 de abril de 1961, Leonid Rogozov, recém-empossado médico da 6° expedição soviética na Antártida, começou a apresentar alguns sintomas preocupantes: náuseas, febre alta, fraqueza e dor na região ilíaca direita. A princípio ninguém imaginou a origem da enfermidade, mas esse episódio faria Leonid entrar para a História como o homem que operou a si mesmo.


Médico jovem, com 27 anos, Leonid Ivanivich Rogozov estava se especializando em medicina de família e comunidade entre as décadas de 1950 e 1960. Durante sua residência médica em 1960, o estudante, ainda que próximo de se tornar médico, foi enviado para a Antártica como médico da 6ª expedição soviética baseada na estação Novolazarevskaya. Pouco tempo após o início das suas atividades, Leonid começou a sentir um forte mal-estar.

No dia seguinte aos primeiros sintomas, Rogozov percebeu aumento de sua febre. Um agravante: Leonid era o único médico da expedição composta por 13 pessoas. A solução foi realizar um autodiagnóstico: Rogozov presumiu que a enfermidade se tratasse de apendicite aguda, o que exigiria rápida intervenção cirúrgica. Sem hospital ou médicos nas proximidades e sabendo das péssimas condições de voo, Leonid se encontrava sozinho e por si próprio.

Sabendo dos riscos, Leonid tomou a decisão de realizar uma intervenção cirúrgica de urgência em si mesmo. Na noite do dia 30 de abril de 1961, auxiliado por um meteorologista e um engenheiro mecânico, o cirurgião aplicou uma anestesia local e iniciou a incisão de 12 centímetros na região ilíaca direita; tudo isso com a ajuda de um espelho. Após alguns minutos o médico desmaiou e por causa disso foram necessárias várias pausas durante o procedimento. Mesmo em dificuldade, Leonid conseguiu identificar e remover o apêndice inflamado. A intervenção durou quase duas horas e foi considerada um sucesso. Nos dias seguintes, a temperatura voltou ao normal e os pontos foram retirados.

A autocirurgia foi um feito tão impressionante que capturou a imaginação do público soviético da época. Em 1961 ele ainda foi agraciado com o prêmio da Ordem da Bandeira Vermelha do Trabalho.

REFERÊNCIA:
- L.I. ROGOZOV.”SELF-OPERATION“. SOVIET ANTARCTIC EXPEDITION INFORMATION BULLETIN, 1964.
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domingo, 3 de janeiro de 2016

A incrível história de Ruby Bridges, uma garotinha ícone da luta pelos direitos civis nos EUA.
Davi Holanda

A incrível história de Ruby Bridges, uma garotinha ícone da luta pelos direitos civis nos EUA.

Ruby nasceu em 8 de setembro de 1954, em Tylertown, Mississippi. Cresceu na fazenda de seus avós com os pais e três irmãs e um irmão. Quando ela tinha 4 anos de idade, seus pais, Abon e Lucille Bridges, mudou-se para Nova Orleans, na esperança de uma vida melhor em uma cidade maior. Seu pai conseguiu um emprego como atendente de posto de gasolina e sua mãe conseguiu um emprego à noite.


Em 1960, a Suprema Corte americana ordenou que todas as escolas públicas do país cessassem a segregação racial e passassem a integrar alunos negros em suas salas de aula. Neste contexto, a família da garota Ruby Bridges (que já estava com 6 anos) decidiu matriculá-la em um colégio “All White” de Nova Orleans, chamado William Frantz. Seu pai era relutante, mas a mãe disse que a mudança era necessária não apenas por uma melhor educação para sua filha, mas também para “dar um passo a frente à todas as crianças afro-americanas”.
Pintura criada pelo artista norte-americano Norman Rockwell
Temendo algum tipo de represália, seus pais pediram escolta da polícia local, para que Ruby pudesse ir à escola em segurança. Mas, para surpresa (nem tanto) da família, a polícia da cidade -recusou o pedido, e disse que não ajudaria na segurança da garota.- Com isso, a presença dos oficiais federais foi solicitada e, assim, a menina pôde caminhar de sua casa até à escola (é esta a cena que a pintura de Normam faz referência. Chegando no colégio, uma multidão de pais enfurecidos protestavam contra a presença da negra no colégio. Insultavam e, até mesmo, ameaçavam a integridade física da família Bridges. Nesse primeiro dia, Ruby junto com os policiais federais passaram o dia inteiro no escritório  principal; o caos da escola impediu a sua mudança para a sala de aula até o segundo dia.
Imagem do filme "A história de Ruby Bridges", 1988
Quando perceberam que a inclusão da garota no colégio era inevitável, os pais dos alunos brancos resolveram entrar no colégio e retirar seus filhos do local; os professores também se recusaram a ensinar a garota. Barbara Henry, uma jovem docente, foi a única que se mostrou disposta a ser professora de Ruby e, com isso, a criança resolveu continuar no colégio, mesmo com tantas manifestações contra.

Dias depois, o Dr. Robert Coles, psiquiatra e professor da escola de medicina de Harvard, estava fazendo pesquisas sobre o estresse e decidiu analisar o caso de Ruby Brigdes. Ele viajou até Nova Orleans para entrevistar a garota, seus familiares e seus professores. Para surpresa do Dr. Coles, ele não encontrou nenhum sinal de estresse nos membros daquela família. Em conversa com o médico, o professor de Ruby mencionou que aquela garotinha de seis anos parecia falar com a multidão, todas as manhãs, quando ia para a escola, e todas as tardes, quando voltava para casa. O Dr. Coles perguntou a Ruby o que ela dizia. Ela declarou que orava por todos. O psiquiatra descobriu que Ruby e seus familiares oravam juntos todas as noites em favor dos manifestantes. O pastor da igreja que freqüentavam disse que, quando Jesus sofreu, orou dizendo: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Portanto Ruby fazia essa prece todos os dias, rogando por aqueles que gritavam com ela.

Durante todo o ano letivo, Ruby era ensinada em uma classe que só tinha ela como aluna. Nos primeiros dias conviveu com ameaças de morte, inclusive por funcionárias do colégio, que ameaçavam envenenar sua comida. Os agentes federais decidiram que a garota só poderia consumir alimentos trazidos de casa pela própria aluna. Outra funcionária colocou uma boneca negra em um caixão de madeira e protestou com ela fora da escola.

A família de Bridges sofreu com todo este processo: seu pai perdeu o emprego, e seus avós (que eram meeiros no Mississippi) foram desligados de suas terras.

"- Éramos pobres, muito pobres ―recorda Ruby. ― O meu pai trabalhava nas colheitas. Havia alturas em que tínhamos muito pouco para comer. Quando os donos das terras começaram a usar máquinas para facilitar as colheitas, o meu pai ficou sem emprego e tivemos de mudar de terra. Penso que tinha quatro anos quando partimos." - [texto tirado do livro de Ruby - Through My Eyed.]

O acontecimento, porém, possui alguns bons exemplos. A comunidade negra, com alguns poucos integrantes brancos opostos ao racismo, tentaram ajudar. Um vizinho conseguiu outro emprego para seu pai. Além disso, algumas famílias brancas continuaram a enviar seus filhos ao colégio.

Ruby com o presidente Barack Obama na Casa Branca, durante a exibição do quadro de Norman Rockwell
A pintura: Criada pelo artista norte-americano Norman Rockwell, é denominada “The Problem We All Live With” (O problema com que todos nós vivemos). Ela retrata um episódio emblemático, ocorrido nos EUA em 1960 e protagonizado pela menina Ruby Bridges, na época com apenas 6 anos de idade.

Esse quadro atualmente está na Casa Branca e é motivo de orgulho para o presidente Barack Obama que sempre menciona a história de Ruby como inspiração pessoal.

Em 1998, foi lançado em Hollywood o filme “A História de Ruby Bridges” que, mesmo de uma maneira mais dramatizada, retrata de maneira bem satisfatória o episódio de 1960.

Em 15 de julho de 2011, Ruby reuniu-se com o presidente Barack Obama na Casa Branca, e durante a exibição do quadro de Norman Rockwell, ele lhe disse: "Eu acho que é justo dizer que, se não fosse por vocês, Eu poderia não estar aqui e nós não estaríamos olhando para isso juntos ".

Ruby Bridges hoje é considerada ícone do movimento pelos direitos civis. E é no livro “Through My Eyes” onde é contada a sua história. A foto em que ela desce as escadas com os policiais é considerada uma das mais importantes do século XX.

"A nossa filha Ruby deu-nos uma grande lição, ao tornar-se alguém que ajudou a mudar o nosso país. Tornou-se parte da nossa história, tal como acontece com os generais e os presidentes. À semelhança deles, também Ruby foi uma líder, porque conduziu negros e brancos a um maior entendimento", conta Lucille em Through My Eyed.

Em 8 de janeiro de 2001, Ruby Bridges recebeu o Medalha Presidencial Citizens pelo presidente Bill Clinton .

Em outubro de 2006, o Distrito Escolar Unificado Alameda dedicou uma nova escola primária com o nome de Ruby Bridges, e emitiu uma proclamação em sua honra.

Em novembro de 2006 ela foi homenageada em concerto da Anti-Defamation League Against Hate.

Em 2007, o Museu Infantil de Indianápolis revelou uma nova exposição que documenta a sua vida, junto com a vida de Anne Frank e Ryan White .

Em 2011, ela visitou Episcopal School  San Paul, uma escola , em Oakland, Califórnia. Sua visita coincidiu com a inauguração do monumento humanitário "Lembre-se deles", feita  por Mario Chiodo, que inclui uma escultura da menina Ruby Bridges.

Em 19 de maio de 2012, Ruby recebeu um doutoramento honoris causa da Universidade de Tulane, na cerimônia anual de formatura no Superdome.

A menina Ruby Bridges, agora  Sra. Ruby Bridges Hall (61 anos), ainda vive em New Orleans com seu marido, Malcolm Hall, e seus quatro filhos. Ela agora é presidente da Fundação Bridges Ruby, que abriu em 1999, para promover "os valores da tolerância, do respeito e valorização de todas as diferenças". Descrevendo a missão do grupo, ela diz, "o racismo é uma doença de adulto, e temos de parar de usar nossos filhos para espalhá-lo".

Também existe uma canção feita por Lori McKenna - "Os sapatos de Ruby."


Edição: História Com Fotos
Referencias: Wikipédia e site oficial de Ruby Bridges
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sábado, 2 de janeiro de 2016

Tenente-Coronel Stirm reencontra sua família após ter sido liberado pelos Vietnamitas do Norte
Davi Holanda

Tenente-Coronel Stirm reencontra sua família após ter sido liberado pelos Vietnamitas do Norte

Fotografia feita em 17 de Março de 1973. Mostra o reencontro do Tenente-Coronel Robert L. Stirm com sua família, na base aérea de Travis, na Califórnia, três dias após ter sido libertado. Stirm tinha sido capturado pelos vietnamitas do Norte seis anos antes, em 27 de Outubro de 1967, depois do caça-bombardeiro que pilotava ter sido abatido sobre Hanói.


A fotografia, batizada como “Explosão de Alegria”, comoveu os norte-americanos e venceu o Prêmio Pulitzer de 1974.
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RAMÓN VALDÉS, O SEU MADRUGA - 1988
Davi Holanda

RAMÓN VALDÉS, O SEU MADRUGA - 1988

No dia 9 de agosto de 1988, o mundo ficou um pouco mais triste. Morria, aos 64 anos de idade, Ramón Valdés, o Seu Madruga do seriado Chaves. Ramón foi vítima de um câncer de estômago que se alastrou gravemente pelo corpo, atingindo seus pulmões e coluna vertebral.
Foto: Arquivo Familiar 
Ao lado de Che Guevara, Valdés é, sem dúvida, uma das figuras mais populares da história da América Latina. Seu rosto está estampado em camisetas, adesivos, tatuagens, cartazes e graffitis. Mesmo 26 anos após sua morte, sua figura folclórica permanece viva, graças as incansáveis reexibições do seriado Chaves em todo o continente.

Nascido na Cidade do México em 2 de setembro de 1923, sua carreira teve início na era de ouro do cinema mexicano, junto com seus irmãos Manuel "El Loco" Valdés e Germán “Tin Tán” Valdés, também comediantes. Experiente no cinema, atuou em mais de 70 produções mexicanas, por vezes gravava quatro filmes em um ano. Em 1979 deixou o elenco do seriado Chaves, voltando em 1981 para participações especiais. Nos últimos anos de sua vida, excursionou pelo México com um circo.

Ramon Valdés foi casado 3 vezes e teve 10 filhos. Apesar da fama que adquiriu ao longo dos anos, morreu extremamente pobre. Sua família nunca ganhou um centavo por direitos de imagem do personagem ou do próprio ator. Seu corpo está sepultado no cemitério Mausoleos Del Ángel, na Cidade do México, e frequentemente recebe a visita de fãs. Em 2012 um grupo de brasileiros visitou o local, que estava abandonado. O registro está no YouTube.
Na foto, Ramón Valdés no Aeroporto Internacional Toncontín, em Tegucigalpa, Honduras, em 1976.

Texto: Mauricio Trilha, diretor do Fã-Clube Chespirito Brasil
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Pai convida padrasto para acompanhar juntos filha para o altar
Davi Holanda

Pai convida padrasto para acompanhar juntos filha para o altar

O blog História Com Fotos inicia o ano com uma história tão especial quanto o dia de hoje.

É sempre bom ver e contar histórias de pessoas que colocam a felicidade dos outros, seja de um filho, amigo ou mesmo desconhecido, na frente da sua. Neste início de Janeiro trago a história da família de Brittany, uma jovem recém casada. Confira:
Ao convidar padrasto, convidados não conseguem segurar as lágrimas
No dia do casamento de Brittany, o seu pai biológico, Todd Bachman resolveu abrir mão de um dos momentos mais especiais entre pai e filha para torná-lo ainda mais especial. Todd Bachman, pai de Brittany Park que, no dia do casamento da filha, não esqueceu a sua felicidade e a do homem que ajudou a criá-la: o padrasto.

Em entrevista ao jornal local The Chronicle-Telegram, Bachman explicou que, dias antes do casamento, sua filha estava angustiada com a decisão de quem a levaria ao altar, porque tanto seu pai quanto seu padrasto tiveram um papel importante em sua vida.

"Ela me ligou e disse 'Pai, algo está me incomodando...'. Respondi a ela que tinha algo planejado. Ela estava muito dividida, e a última coisa que queria ela que ela ficasse assim", disse Bachman.

Todd Cendrosky é o nome do homem que garante não ter “enteadas”, apenas filhas. No entanto, nem ele esperava participar de um dos momentos altos de qualquer casamento: aquele em que o pai leva a filha até o altar, porque esse momento estaria reservado para Bachman, o pai biológico.

No momento de avançar para o altar, Bachman parou e disse: “Ei, você tem trabalhado duro para isso, assim como eu, você merece tanto quanto eu, e você me ajudará a levar a nossa filha ao altar”. O momento, registrado pela fotógrafa Delia Blarkburn, em Ohio, Estados Unidos, fica na história dessa família e é um exemplo para pais e mães do mundo inteiro.
O pai abriu mão de um momento muito especial entre pai e filha para torná-lo ainda mais especial 
"Agradecê-lo por todos os anos em que ele ajudou a criar nossa filha não seria suficiente", disse Bachman em entrevista à emissora local WKYC-TV.

Cendrosky finalizou dizendo: “foi o melhor dia da minha vida. Nós nos tornamos uma família e as necessidades das crianças precisam vir em primeiro lugar”.

Comece o ano sendo gentil.. afinal, gentileza gera gentileza. 

Leia mais: BBC Brasil 
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