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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Bonde virado na praça da República por ocasião da Revolta da Vacina, 1904
Davi Holanda

Bonde virado na praça da República por ocasião da Revolta da Vacina, 1904

 
Populares derrubaram um bonde em protesto durante a revolta Rio de Janeiro, foto publicada na revista da semana de 27 de novembro de 1904
A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares).

Uma das primeiras e mais importantes revoltas populares durante a primeira República, em busca dos direitos da população pobre, a Revolta da Vacina eclodiu em 1904 no Rio de Janeiro. Os insurgentes se revoltaram devido à violência utilizada contra a população para a vacinação forçada durante a operação montada por Oswaldo Cruz.

A determinação era a de que os agentes sanitários entrassem nas casas das pessoas, desnudassem mulheres e crianças, em sua maioria contra sua vontade, para aplicar a vacina contra a febre amarela e varíola.

O que aconteceu durante a revolta:

- Muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes públicos que deviam aplicar a vacina, reagindo, muitas vezes, com violência.

- Prédios públicos e lojas foram atacados e depredados;

- Trilhos foram retirados e bondes (principal sistema de transporte da época) foram virados.

Reação do governo e consequências:

- O governo federal suspendeu temporariamente a vacinação obrigatória.

- O governo federal decretou estado de sítio na cidade (suspensão temporária de direitos e garantias constitucionais).

- Com força policial, a revolta foi controlada com várias pessoas presas e deportadas para o estado do Acre. Houve também cerca de 30 mortes e 100 feridos durante os conflitos entre populares e forças do governo.

- Controlada a situação, a campanha de vacinação obrigatória teve prosseguimento. Em pouco tempo, a epidemia de varíola foi erradicada da cidade do Rio de Janeiro.

Imagem: Marianno da Silva. Acervo da Fundação Biblioteca 
Nacional

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