Menu

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Dentista em 1872..
Davi Holanda

Dentista em 1872..


Esta foto, datada de 1872, mostra como era ir ao dentista antigamente. 

Na imagem o dentista conta com ajuda de um assistente, que enquanto ele extrai o dente (com um alicate chamado boticão), o assistente segura a cabeça do paciente.

Ainda não existia implantes, restauração, limpeza... era usado apenas o método da extração. Na verdade, esse tipo de intervenção era realizada por pessoas com pouco preparo científico, em um ambiente sem assepsia e não contando com anestesia.

A precariedade da exodontia é bem explicitada na imagem, onde conceitos como biossegurança eram inexistentes e a prática se dava de forma artesanal.
Continue lendo →

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Racismo 1964
Davi Holanda

Racismo 1964


Imagem rara e clara de uma demonstração de racismo nos Estados Unidos. Na foto, James Brock (o gerente de hotel Monson Motor Lodge) derrama ácido na piscina enquanto pessoas negras nadam, 1964. Ele joga ácido muriático (clorídrico), utilizado para retirar manchas, na piscina reservada unicamente para brancos após um grupo de manifestantes negros pularem nela. Também na piscina estava o policial Henry Billitz para retirar as pessoas da água. Após o incidente, o nome de James e a foto rodaram o mundo, chocando muitas pessoas. 

DATA DA FOTO: 18 de junho de 1964. 
FOTÓGRAFO: Desconhecido. 
LOCAL: Flórida, EUA.
Continue lendo →

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Dercy Gonçalves
Davi Holanda

Dercy Gonçalves


Dolores Golçalves Costa nasceu no dia 23 de junho de 1905, mas foi registrada só em 1907. Com uma família muito pobre, ela morava no interior do Rio de Janeiro. Na época era muito comum registrar os filhos mais tarde, pela falta de acesso a cartórios e informações da importância de um registro.

Filha de alfaiate, chamado Manuel Gonçalves Costa e de lavadeira, chamada Margarida Gonçalves Costa. Sua mãe abandonou o lar e os sete filhos ao descobrir a infidelidade do marido.
Dercy foi criada pelo pai alcoólatra. Cresceu convivendo com o pai bêbado em casa e sofreu muito com o abandono da mãe, de quem nunca mais teve notícia.


Para ajudar nas despesas de casa, Dercy foi trabalhar em uma bilheteria de cinema. Vendo os filmes nas horas de expediente do serviço, aprendeu a se maquiar e atuar como as artistas. Seu sonho era seguir carreira artística. Mesmo não sendo ainda atriz profissional, apresentava-se em teatros improvisados para hóspedes dos hotéis em sua cidade.

Aos dezessete anos, fugiu de casa para Macaé embaixo do vagão de um trem. Ela fugiu pois queria se juntar à Companhia de Maria Castro.


Após um tempo morando em Macaé e trabalhando no teatro circense, o circo teve que partir para se fixar em outra cidade e fazer apresentações novas. Então, ela foi junto com a Companhia para Minas Gerais, onde estreou em 1929, em Leopoldina. Fazendo teatro itinerante, fez dupla com Eugênio Pascoal em 1930, com quem se apresentou por cidades do interior de alguns estados, sob o nome de "Os Pascoalinos".

Dercy se apaixonou por Eugênio Pascoal, que foi seu primeiro namorado, aos 25 anos. Dercy dissera uma vez em entrevista que ele a violentou sexualmente. Ela conta, que, na noite em que perdeu a virgindade, usava uma camisola feita de saco de arroz: "Tinha escrito no peito: Indústria Brasileira de Arroz Agulhinha, arroz de primeira", contou. Após alguns anos, eles se separaram.

Enquanto excursionava com a trupe pelo interior de Minas Gerais, Dercy contraiu tuberculose, tendo que se afastar do circo. Um exportador de café mineiro chamado Ademar Martins Senra a conheceu quando passava próximo a tenda do circo, e se encantou por ela. Ele pagou todo o seu tratamento.


Depois de curada, em 1934, tendo largado o circo, teve um romance com o exportador de café mineiro Ademar Martins. Desse relacionamento de 2 anos, nasceu sua única filha, em 1936, Maria Dercimar Gonçalves. Mesmo tendo registrado a filha, Dercy foi mãe solteira e cuidou sozinha.

Voltando para o teatro, especializou-se em comédia e improviso. Na televisão, chegou a ser a atriz mais bem paga da TV Excelsior, em 1963, onde também conheceu José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.

De 1966 a 1969, apresentou na TV Globo um programa de auditório de muito sucesso, Dercy de Verdade, que acabou saindo do ar com a intensificação da censura no país após o AI-5.

No final dos anos 1980, Dercy passou a integrar corpos de jurados em programas populares, como em alguns apresentados por Silvio Santos, e até aparições em telenovelas da Rede Globo. No SBT voltou a experimentar um programa próprio que, entretanto, teve curtíssima duração.

Recebeu, em 1985, o Troféu Mambembe, numa categoria criada especificamente para homenageá-la: Melhor Personagem de Teatro.

Em 1991, foi enredo ("Bravíssimo - Dercy Gonçalves, o retrato de um povo") do desfile da Unidos do Viradouro, na primeira apresentação da escola no Grupo Especial das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro. Na ocasião, Dercy causou polêmica ao desfilar, no último carro, com os seios à mostra.

Em 4 de setembro de 2006, aos 99 anos, recebeu o título de cidadã honorária da cidade de São Paulo, concedido pela câmara de vereadores desta capital.

Dercy Gonçalves faleceu no dia 19 de julho de 2008, aos 101 anos de idade, no Hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.

Por: As Mina na História
Continue lendo →

quarta-feira, 22 de junho de 2016

"Somente com ATITUDES teremos um MUNDO melhor"
Davi Holanda

"Somente com ATITUDES teremos um MUNDO melhor"


Gentileza e inocência, em 1957.

Durante um festival chinês, o oficial Maurice Cullinane abaixou-se para pedir que o pequeno Allen Weaver voltasse para o meio-fio para evitar os fogos de artifício. A imagem, amplamente reproduzida, rendeu ao fotógrafo Bill Beall um Prêmio Pulitzer.

Considerada uma das grandes imagens do século XX, está em contraste com a maioria das fotografias vencedoras do Prêmio Pulitzer, que muitas vezes capturam os piores aspectos dos seres humanos. Esta foto, por outro lado, está no extremo oposto do espectro e nos lembra o potencial de bondade da humanidade.
Continue lendo →

segunda-feira, 20 de junho de 2016

"Verão da Lata", Setembro de 1987
Davi Holanda

"Verão da Lata", Setembro de 1987

Na imagem, policiais analisam latas de maconha encontradas no litoral paulista em 5 de outubro de 1987
O “Verão da Lata” na verdade se iniciou em plena primavera, em setembro de 1987. 

Há quase 30 anos, o verão de 1987/88 foi marcado por um inusitado acontecimento, que começou na primavera, lançando moda e modificando a vida de muita gente. Numa manhã de setembro, as praias foram tomadas por latas de aço. Precisamente 15 mil delas. Dentro de cada uma, um quilo e meio de maconha, prensada e embalada a vácuo.

A viagem seguia tranquila até que os tripulantes do cargueiro foram informados via rádio de que a Polícia Federal e a Marinha do Brasil já estavam cientes do conteúdo de sua carga – mais de 20 toneladas de maconha prensada, em latas cilíndricas de 2 quilos cada. 

Sabendo do problema que teriam caso a Polícia chegasse ao navio, a tripulação jogou ao mar todas as latas. 

Em pouco tempo as praias de São Paulo, Espírito Santo e principalmente as do Rio de Janeiro receberam suas primeiras latas perdidas. 

O Rio de Janeiro vivia uma das suas piores secas de maconha. As que eram vendidas eram de baixo THC e caras. 

No entanto, a que veio do mar não era a Cannabis Sativa, de origem africana, consumida no Brasil, mas a Cannabis Indica, asiática, muito mais potente, algo até então desconhecido para os brasileiros. 

Não demorou muito para que a notícia se espalhasse, e logo os pescadores não estavam se importando tanto assim com os peixes, pessoas acampavam na praia em busca de garantir a sua e os surfistas se utilizavam de suas pranchas para chegar mais rápido às latas que ainda não haviam chegado ao solo. 

Os pescadores, mesmo que não apreciadores do produto, agora se lançavam ao mar em busca da maior quantidade possível de latas. Afinal de contas, eram milhares de latas ao mar e eles lucravam vendendo-as a um preço de banana. 

A tripulação do Solana Star conseguiu fugir, e apenas o cozinheiro do navio foi pego. Acusado de participação do narcotráfico internacional, ele foi preso, mas liberto menos de dois anos depois. 

O cargueiro foi leiloado e teve seu nome alterado para Tunamar. Porém, em sua primeira viagem como Tunamar, naufragou perto do Arraial do Cabo, no litoral fluminense. 

A polícia conseguiu apreender cerca de 2.563 latas. O que não foi nem 30% da carga lançada ao mar. 

Exite até um livro, filme e documentários que relatam essa inusitada história.


Mais em: Extra - literaturadecabeca
Continue lendo →

sexta-feira, 17 de junho de 2016

"E agora, quem poderá me defender?". O mundo perdeu hoje mais um grande ator, Rubén Aguirre - Professor Girafales, do seriado Chaves
Davi Holanda

"E agora, quem poderá me defender?". O mundo perdeu hoje mais um grande ator, Rubén Aguirre - Professor Girafales, do seriado Chaves

Imagem/Reprodução, arquivo pessoal
Rubén Aguirre Fuentes (Saltillo, 15 de junho de 1934 - Puerto Vallarta, 17 de junho de 2016)

Foi um ator cômico mexicano, famoso mundialmente por ter sido o intérprete dos personagens Professor Girafales no programa humorístico mexicano Chaves , Lucas Pirado, amigo do Pancada Bonaparte, e o Sargento Refúgio namorado da Marujinha no Clube do Chaves. Era casado com Consuelo de los Reyes.

O intérprete do romântico Professor Girafales, nasceu no dia 15 de junho de 1934, em Saltilo, Coahuila, México. Era o mais velho e o mais alto dos 6 filhos de Rubén Aguirre Flores, com 1,96 m.

Estudou em Saltilo até o segundo ano do primeiro grau. Foi viver junto com sua família em Torreón, Coahuila. Lá, ele completou o ensino fundamental na escola Centenário e o ensino médio no colégio Venustiano Carranza. Sempre foi considerado um aluno de ótimas notas, porém muito inquieto. Na faculdade, Aguirre estudou na Escola Superior de Agricultura Hermanos Escobar, em Ciudad Juárez, Chihuahua, formando-se engenheiro agrônomo.

Rubén começou a trabalhar muito cedo. Com pouca idade já havia trabalhado de tudo um pouco: já foi locutor de rádio e televisão, ventríloco, ator, narrador de touradas, lida de campo, toureiro, diretor de televisão.

Na cidade de Monterrey, Aguirre, trabalhou no Canal 6, como chefe de locutores e mão direita do gerente do canal. Nessa época, o canal tinha sido recém inaugurado e pouco a pouco começava a competir com o Tele Sistema Mexicano (canal mexicano mais importante nessa época).

Depois, os mesmos donos do Canal 6 abriram um outro canal, o Canal 8, e contrataram Rubén, não como locutor nem como ator, e sim como sub-gerente de produção.
Quando o canal entrou no ar, passou a trabalhar como executivo da empresa e, aos fins de semana, como ator, em um programa de sábado, criado por Roberto Gómez Bolaños "Chespirito", que se chamava "Chespiritotadas". O diretor do canal logo o impediu de desempenhar os dois trabalhos, alegando que, para a imagem da empresa, não ficava bem ter um executivo negociando durante a semana e um ator aos sábados. Para surpresa do próprio diretor do canal, Rubén escolheu ficar como ator e abrir mão do alto salário que recebia até então, como executivo da empresa.

A partir daí, começou a trabalhar com Roberto Gómez Bolaños em várias séries, como: "El Cidadano Gómez", "Los Super Genios de la Mesa Cuadrada", "El Chapulíl Colorado" (Chapolin Colorado) e "El Chavo del Ocho" (Chaves).

No seriado Chaves, Aguirre conheceu o sucesso internacional, interpretando o altíssimo Professor Girafales, eterno pretendente da Dona Florinda.
Rubéns ainda atuou em quatro filmes de Chespirito: "El Chanfle", "El Chanfle 2", "Charrito", "Don Ratón y Ratero".

Com o fim definitivo das gravações do Chaves, em 1992, Aguirre produziu em 1994 o programa "Aqui esta la Chilindrina". O programa teve como personagem central a esperta Chiquinha, interpretada por Maria Antonieta de Las Nieves.

Desde 1976, Rubén era proprietário de um circo: "El Circo del Professor Jirafales". Mas, nos últimos tempos, tinha se afastado do seu público e deixado de fazer shows, pois sentia muita vergonha do seu corpo. Ultimamente, o ator que ficou conhecido interpretando o Professor Girafales estava pesando mais do que pesava antes o próprio Seu Barriga. Aguirre engordou mais de 25 quilos devido ao uso de um medicamento para curar um problema que tinha na perna há alguns anos.
Rubén Aguirre vivia com sua esposa, Consuelo Aguirre, com quem teve sete filhos.
Em 2015 lançou sua biografia intitulada "Después de Usted".

Foi o último da turma do Chaves a ser entrevistado no Programa do Ratinho, a entrevista ocorreu no dia 25 de novembro de 2015.

Problemas de saúde e financeiros

Rubem Aguirre se aposentou dos palcos desde o fim de 2007, depois que ele e sua esposa, sofreram um acidente de carro. Consuelo perdeu as pernas após a batida. Ela e o marido passaram a usar cadeira de rodas.

No dia 14 de Agosto de 2014, ele foi internado no Instituto Mexicano de Segurança Social com quadro de desidratação e anemia. Segundo informações da Associated Press, o filho do comediante, Arturo Aguirre, disse à rede Televisa que "o estado de saúde do pai é um pouco delicado".

Sem poder trabalhar na TV, no teatro ou no circo desde este acidente, ele passou a enfrentar também problemas financeiros. Em junho de 2015, ele divulgou uma carta em que dizia ter "sérios problemas de saúde" e pedia apoio para pagar seus gastos. O texto intitulado "E agora, quem poderá me defender?" (referência ao personagem Chapolin) foi divulgado em redes sociais no dia 15 de junho de 2015, e reivindicava assistência médica da Associação Nacional de Atores do México (Anda).

Em 2015, foi hospitalizado por causa de cálculos na vesícula e problemas na coluna. Mas os cálculos não puderam ser removidos na época justamente por causa de uma dívida hospitalar.[4] Em entrevista ao canal Telemundo, emissora mexicana nos Estados Unidos, Aguirre disse que um dos filhos de Roberto Bolaños, ofereceu-lhe ajuda. Os outros colegas de elenco de "Chaves", no entanto, não teriam feito o mesmo.

Em maio de 2016, ele foi internado, devido a uma pneumonia, e passou 11 dias no hospital.

No dia 01 de Junho de 2016, durante a internação, Aguirre usou o Twitter para agradecer aos fãs e chegou a brincar com boatos de sua morte. "Já começaram os rumores. Digo-lhes que estou vivinho e tuitando. Taaaa, taaa, ta,,, ta!"

Morte..

Rubén Aguirre Fuentes faleceu hoje pela manhã (17 de junho de 2016), poucos dias depois de completar 82 anos. Sua morte foi confirmada por Edgar Vivar, intérprete do Senhor Barriga, através de rede social, onde divulgou sua última foto ao lado do amigo.

Aguirre sofria com problemas renais e tomava vários medicamentos para controlar sua diabetes.[6] Poucos dias antes de sua morte, ele havia passado 11 dias internado no México por causa de uma pneumonia.

Ele foi o quarto dos oitos integrantes do elenco principal da série "Chaves" a morrer. Antes dele, morreram Ramón Valdés (1923-1888), o Seu Madruga; Angelines Fernández (1922-1994), a Dona Clotilde/Bruxa do 71; e Roberto Gómez Bolaños (1929-2014), o criador e protagonista de "Chaves".

Fonte: Wikipédia mais em Fórum Chaves

Confira outras biografias do elenco do Chaves compartilhados aqui no #HCFotos
Ramón Valdés, o Seu Madruga - Maria Antonieta, Chiquinha - Angelines Fernández - A Bruxa do 71.

Outros:
O último encontro de Chaves e Sr. BarrigaRoberto Bolanos, nú, quando bebê.
Continue lendo →

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Foto de um membro da Ku Klux Klan segurando uma forca para fora do carro, 1939
Davi Holanda

Foto de um membro da Ku Klux Klan segurando uma forca para fora do carro, 1939

Imagem: Associated Press. "Klan Threats Black Voters"
Naqueles dias ocorreriam as eleições municipais em Miami, Flórida. Entretanto, os membros da Ku Klux Klan haviam espalhado 75 carros pelas ruas da cidade, com forcas penduradas do lado de fora dos veículos, como uma ameaça para os cidadãos negros que comparecessem nas votações.

Mesmo com tal ameaça, 616 negros apareceram nas eleições para votar.

Texto adaptado de Associated Press.

Ku Klux Klan (também conhecida como KKK) é o nome de várias organizações racistas dos Estados Unidos que apoiam a supremacia branca e o protestantismo (padrão conhecido também como WASP) em detrimento de outras religiões.

classic.apimages
Continue lendo →

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Xadrez humano na Praça do Palácio - St. Petersburg, Rússia 1924
Davi Holanda

Xadrez humano na Praça do Palácio - St. Petersburg, Rússia 1924

Imagem: Autor Desconhecido
No dia 20 de julho de 1924, durante a festa de Leningrado, o Exército Vermelho enfrentou a Marinha em um jogo de xadrez de proporção 1:1.

Os marinheiros e fuzileiros navais estavam de preto e o Exército estava de branco no tabuleiro gigante, sendo cada lado liderado por Ilya Rabinovich e Peter Romanovsky, dois mestres de xadrez. O jogo durou cerca de 5 horas.
Continue lendo →

quarta-feira, 8 de junho de 2016

A história de Lily e Maddison
Davi Holanda

A história de Lily e Maddison


Lily, uma cadela dinamarquesa, ainda era uma cadela bebê quando teve sérias complicações nos olhos devido a um crescimento de cílios internamente nos olhos, a doença era irreversível e os globos oculares ficaram totalmente danificados. Por orientação dos veterinários os olhos de Lily tiveram que ser removidos para evitar infecções futuras.

Os donos então conseguiram outra cadela, Maddison, um ano mais velha que seria orientada e adestrada para acompanhar Lily que estava sempre muito triste no seu canto. A amizade entre as cadelas acabou se estreitando cada dia mais e devolveu a Lily o entusiasmo e vontade de brincar. Maddison acabou se tornando o cão-guia de Lily, passou a guiar e a andar o tempo todo ao lado de Lily, sempre tocando-a para que ela saiba para que lado ir. Maddison orientava Lily dando-lhe pequenos “arranhões” ou toques com as patas dianteiras para que não tropeçasse e se machucasse.

Mas o que não se esperava era que os donos resolvessem se desfazer das duas cadelas por terem crescido demais. Lily e sua cão-guia Maddison foram levadas então para a Fundação Dogs Trust que cuidam de cerca de 16 mil cães por ano. Os funcionários do abrigo diziam que a dupla era inseparável, mas alguns potenciais novos donos desistiram por causa da aparência da cadela ou por não ter condições de abrigar dois animais de grande porte. Mas depois que a história das cadelas foi parar nas redes sociais, mais de 2 mil pessoas se prontificaram a ficar com as duas.




Lily e Maddisson foram adotadas por um casal que mora em uma zona rural de Cheshire, no Reino Unido. Estão bem e continuam sempre juntas!

Anne Williams, de 52 anos, e seu marido Len, bombeiro aposentado de 53, se apaixonaram pelos animais quando souberam que eles estavam disponíveis para adoção. "Sempre tivemos dois cachorros, gosto que eles tenham companhia. Então ter os dois em casa não parecia um desafio tão grande", conta Anne, que é gerente de seguradora.

O casal ficou sem cães em casa desde que a filha deles se mudou com os dois setters ingleses, um ano atrás. Eles moram em uma área rural de Cheshire.

As duas cresceram juntas, e cresceram muito!
Continue lendo →

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Muhammad Ali - O maior pugilista de todos os tempos
Davi Holanda

Muhammad Ali - O maior pugilista de todos os tempos

Imagem/sem informações
Cassius Marcellus Clay, Jr., nasceu em 17 de janeiro de 1942 em Louisville, Kentucky. O mais velho de dois meninos, ele foi nomeado por seu pai, Cassius Marcellus Clay, Sr., que foi nomeado após o político abolicionista de mesmo nome. Seu pai pintava outdoors, e sua mãe, Odessa O'Grady Clay, foi uma empregada doméstica. No entanto, o Cassius Sr. era um metodista, aceitou que Odessa convertesse Cassius Jr. e seu irmão Rudolph "Rudy" Clay (depois renomeado Rahman Ali) como batistas. Ele era descendente de escravos americanos na América sulista, e é predominantemente descendente de afro-americanos, com ancestrais irlandeses e ingleses.

Como amador, Cassius Clay conseguiu seu primeiro grande feito aos 18 anos, quando conquistou a medalha de ouro na Olimpíada, na categoria meio-pesado, ao ganhar na final do experiente polonês Zbigniew Pietrzykowski. Na volta aos EUA, apesar de ter sido recebido com festa por uma multidão em sua cidade-natal, um episódio marcante impulsionou sua batalha pelos direitos dos negros e igualdade racial. Em sua biografia, ele conta que entrou em um restaurante cheio de brancos e pediu um hambúrguer, mas a funcionário se negou a servi-lo. “Sou Cassius Clay, campeão olímpico”, explicou, mas de nada adiantou. A alegria deu lugar à decepção, e o boxeador acabou jogando a sua medalha olímpica no Rio Ohio.

Já como profissional, na ocasião com 19 vitórias em 19 lutas, Cassius chega para enfrentar o favorito Sonny Liston em 1964, vence no sétimo assalto em Miami, se torna campeão mundial dos pesos-pesados e grita: “Eu sou o maior”. Pouco depois disso, chegou a se aliar a Malcom X, defensor do nacionalismo negro, e também anunciou ter se convertido à religião islâmica, mudando o seu nome para Muhammad Ali, nome escolhido pelo líder nacional do islamismo. Em 1967, uma polêmica fez Ali perder o título mundial e ficar afastado do boxe por três anos. Ele se recusou a servir o exército americano na Guerra do Vietnã e ainda fez críticas ao envio de militares para o conflito com os vietcongues.

Perdeu para Joe Frazier. Ganhou de novo o título em 1974 ao vencer George Foreman em luta realizada no Zaire (retratada no documentário "Quando éramos Reis"), perdeu-o em 1978 para Leon Spinks e em seguida retomou-o de Spinks. Retirou-se do boxe quando ainda era campeão.

Muhammad Ali pode ser considerado o primeiro esportista a aliar marketing com política. Exemplo disso foi seu desempenho antes da luta com George Foreman no Zaire. Ali utilizou todo seu conhecimento do pan-africanismo para se colocar como o lutador da África, enquanto Foreman ficou como símbolo da alienação negra americana, episódio este retratado no filme "Quando Éramos Reis", de 1974. Ali entrou para história da década de 60 quando se negou a lutar na Guerra do Vietnã. "Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?".

Nos últimos anos de vida Muhammad Ali teve a doença de Parkinson, diagnosticada no início da década de 1980. Em 2010, Ali foi a Israel para tratar a doença. O trabalho foi feito com células tronco adultas. Os testes até então realizados com ratos tiveram sucesso, mas sua eficácia em seres humanos ainda será testada.

Em 2001, Will Smith interpretou Muhammad Ali no filme Ali.

Por diversas vezes anunciou-se a luta entre Ali, o campeão mundial dos profissionais, contra o cubano Teófilo Stevenson, campeão mundial dos amadores e campeão olímpico, mas devido a problemas técnicos e políticos essa luta jamais ocorreu.
Em 2010, Muhammad junto com a cantora Christina Aguilera fizeram a propaganda em prol das vítimas do terremoto que destruiu o Haiti.


Muhammad Ali morreu nos Estados Unidos, aos 74 anos, no dia 03 de Junho de 2016, vítima de uma doença degenerativa. Estava internado com graves problemas respiratórios em um hospital de Phoenix (Arizona), cidade onde vivia, quando sua morte foi declarada. A família divulgou nota à imprensa que dizia que "depois de uma batalha de 32 anos contra o mal de Parkinson, Muhammad Ali se foi aos 74 anos".
Em 04 de Junho de 2016, um porta-voz da família informou em entrevista coletiva, que Muhammad Ali morreu por conta de um choque séptico devido a causas naturais não especificadas.

--
10 Curiosidades

1. O boxeador norte-americano Muhammad Ali nasceu no dia 17 de janeiro de 1942, na cidade de Louisville, Kentucky. Antes de se converter ao islamismo, em 6 de março de 1964, seu nome era Cassius Marcellus Clay Jr. O nome Muhammad Ali foi escolhido pelo líder nacional do islamismo.

2. Em 1960, quando ainda se chamava Cassius, o boxeador quase se recusou a participar das Olimpíadas de Roma, por ter medo de avião. Embarcou vestindo um paraquedas e voltou para casa com o ouro.

3. Quatro anos depois, invicto como profissional, ele enfrentou - e venceu - Sonny Liston pelo cinturão da categoria peso pesado, no dia 25 de fevereiro de 1964, conseguindo, pela primeira vez, o título de campeão mundial.

4. Muhammad Ali tornou-se membro dos Muçulmanos Negros, uma seita religiosa que pregava a separação racial.

5. Quando se recusou a atender a convocação do exército norte-americano para lutar no Vietnã, o atleta foi destituído de seus títulos, banido do boxe por três anos e meio e condenado a cinco anos de prisão. A condenação acabou sendo anulada pela Suprema Corte em 1971. Mesmo assim, Muhammad pagou uma multa de 10 mil dólares ao governo. Foi resultado desse episódio uma de suas mais célebres frases: "Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, por que eu lutaria contra eles?".

6. Ficou famoso pelas grandes quantias — pelo menos para a época — que recebia por cada luta: 2,5 milhões de dólares na derrota para Joe Frazier (1971), 2,6 milhões de dólares na vitória sobre o mesmo Frazier (1974) e mais 5 milhões de dólares na vitória sobre George Foreman (1974).

7. Sua última luta foi em 12 de dezembro de 1981. Ali perdeu para Trevor Berbick. Ao anunciar sua saída, ele declarou: "Não quero vir a ser um desses lutadores velhos, de nariz achatado, dizendo gugu-dadá antes de uma luta". Ao longo de sua carreira como profissional, Ali participou de 61 lutas — das quais venceu 56, 37 por nocaute.

8. Em 1984, os jornais anunciaram que Ali, aos 42 anos, fora internado com graves sintomas de mal de Parkinson, uma afecção neurológica caracterizada por tremores, diminuição da força muscular e rigidez progressiva. O fato de ser portador da doença tornou-se notório em 1996, quando o atleta participou da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Atlanta acendendo a tocha.

9. Em 1990, o ex-pugilista, então envolvido em causas políticas, viajou ao Iraque para negociar com Saddam Hussein a libertação de 14 reféns norte-americanos. Em sua luta contra o racismo, Ali se relacionou diretamente com Martin Luther King, Malcolm X e Nelson Mandela.

10. Muhammad Ali recebeu os prêmios de atleta do século pela revista Sports Illustrated e personalidade esportiva do século pela BBC. Além disso, foi nomeado Mensageiro da Paz pela ONU e condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade, maior honra civil norte-americana.

Continue lendo →

sexta-feira, 3 de junho de 2016

O último encontro de Chaves e Sr. Barriga
Davi Holanda

O último encontro de Chaves e Sr. Barriga

Imagem por Televisa. Edgar Vivar, o Seu Barriga, em seu último encontro com Roberto Gómez Bolaños, no evento “America Celebra A Chespirito”, em Março de 2012
“Roberto olhou para mim, me estendeu a mão e fazendo a voz fina do Chaves me disse: ‘Nossa Senhor Barriga, o senhor está magro, o que aconteceu?’, olhei para ele, respirei fundo e sem hesitar o respondi: ‘É que já não tenho mais de quem cobrar o aluguel Chaves…’, o abracei forte, fazia muito tempo que não o via, ele não se contentou e ainda me disse ao pé do ouvido: ‘Então o senhor não deve ter mais dinheiro para me levar para Acapulco…’, não me segurei e comecei a chorar…”.

Confira o primeiro ensaio nu de Chaves quando criança
Continue lendo →

quarta-feira, 1 de junho de 2016

"Batedor-superior" acordando pessoas nas ruas de Londres, ca. 1900.
Davi Holanda

"Batedor-superior" acordando pessoas nas ruas de Londres, ca. 1900.

Sem informações sobre o Autor
Durante a Revolução Industrial, quando ainda não existiam despertadores, as fábricas contratavam trabalhadores para que saíssem pelas ruas acordando seus funcionários com batidas nas janelas das casas para que não perdessem a hora.

Alguns batedores se utilizavam de apitos, outros possuíam um objeto semelhante à zarabatana para atirar pedras ou ervilhas nas janelas, como é mostrado na imagem, e ainda tinham aqueles que usavam longas varas de bambu.

O batedor levantava durante a madrugada, trabalhava durante cerca de seis horas, depois voltava para casa, tomava o café da manhã e rumava para seu próprio trabalho em uma das fábricas, cumprindo uma jornada de trabalho extenuante. A prática encontrou seu fim nas primeiras décadas do século XX.

Foto cortesia da Touchstones Rochdale / Sidcup John Topham
Na imagem à cima está Mary Smith, uma das batedoras superior mais conhecidas da época, cuja história foi publicada no Daily Mirror, na época.

Via: Topham, John. Knocker-up Armed with a Pea Shooter, 1931. - Eastern Dialy Press
Continue lendo →