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sexta-feira, 29 de julho de 2016

O escritório de Einstein, 1955
Davi Holanda

O escritório de Einstein, 1955

Imagem: Ralph Morse, revista Life
O fotógrafo Ralph Morse da revista Life estava entre dezenas de jornalistas que desembarcaram em Princeton, na esperança de encontrar alguma coisa que pudesse oferecer uma visão sobre vida de Einstein, que veio a falecer poucas horas antes, ás 1h15 da manhã, com 76 anos de idade.

Ralph Morse: "Fui para hospital primeiro, mas era o caos, havia dezenas de jornalistas, fotógrafos e curiosos. Então, eu me dirigi para o escritório de Einstein no Instituto de Estudos Avançados. Ao chegar ao prédio encontrei o superintendente, que abriu o escritório", afirmou Morse, que fotografou com exclusividade a mesa de Einstein, cheia de cadernos, revistas, um cachimbo, uma lata de tabaco, e atrás da mesa um quadro negro coberto com equações e fórmulas, e a cadeira vazia indicando seu desaparecimento. 

O físico ganhador do Prêmio Nobel da Paz, ao longo de sua vida, publicou centenas de livros e artigos. Além do trabalho individual, também colaborou com outros cientistas em outros projetos, incluindo a estatística de Bose-Einstein, o refrigerador de Einstein e outros. Publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não científicas. Einstein continuou seu trabalho até quase o fim de sua vida. 

Suas últimas palavras pronunciadas em alemão não puderam ser entendidas pela enfermeira.

Referência : LIFE
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quarta-feira, 27 de julho de 2016

“Guerrilheiro Heroico", o retrato
Davi Holanda

“Guerrilheiro Heroico", o retrato


O famoso retrato de Che Guevara, intitulado Guerrillero Heroico, foi tirado por Alberto Korda em 5 de março de 1960 em Havana, Cuba, durante um memorial dedicado às vítimas da explosão de La Coubre. A fotografia só foi publicada internacionalmente sete anos depois de ter sido tirada. De acordo com Korda, Guevara demonstrava “imobilidade absoluta” , “raiva” e “dor” no momento em que a fotografia foi tirada. Anos mais tarde, Korda declarou que seu retrato capturou todo “caráter, firmeza, estoicismo e determinação” que Guevara possuía. Guevara tinha 31 anos quando a fotografia foi tirada.

De acordo com o Instituto-Faculdade de Arte de Maryland (Maryland Institute College of Art), o retrato de Guevara é "a mais famosa fotografia do mundo e um símbolo do século XX". O Victoria and Albert Museum declarou ser "a imagem mais reproduzida da história da fotografia". Jonathan Green, diretor do Museu de Fotografia da Universidade da Califórnia em Riverside, afirma que "a imagem de Korda insinuou-se na linguagem por todo o mundo. Se transformou num símbolo alfa-numérico, num hieróglifo, um símbolo instantâneo. Ela reaparece misteriosamente sempre que há um conflito. Não há nada na história usado desse jeito".

O navio a vapor La Coubre, de origem francesa, carregado de armas e munições, foi sabotado no porto de Havana em 04 de marco de 1960. As duas explosões ocorridas deixaram perto de uma centena de mortos e duzentos feridos. As autoridades cubanas denunciaram o caso como um ato terrorista da CIA, embora não existam fontes confiáveis que possam provar tais acusações; caso essa hipótese seja a verdade, essa teria sido a primeira ação desse tipo, que obteve sucesso contra o governo de Fidel Castro.

No momento do atentado, Che Guevara estava em uma reunião no prédio do Instituto Nacional da Reforma Agrária. Depois de ouvir a explosão e ver a nuvem de poeira erguendo-se sobre Havana, ele foi ao local do incidente e passou as próximas horas prestando cuidados médicos para os trabalhadores e soldados feridos, muitos deles com ferimentos fatais.


O retrato tem sido amplamente reproduzido através das décadas, evoluindo para um símbolo mundial de rebelião e de justiça social. Como defensor dos ideais de Guevara, Korda nunca cobrou direitos autorais para a distribuição de sua fotografia.
Apesar de Korda não reivindicar direitos sobre a imagem, não deixou que esta fosse usada certa vez em um anúncio de vodka. Korda era um comunista convicto e queria somente evitar a exploração comercial da imagem, dizendo aos repórteres:

"Como defensor dos ideais pelos quais Che Guevara morreu, não me oponho à sua reprodução por aqueles que desejam difundir a sua memória e a causa da justiça social por todo o mundo."

Em entrevista concedida em 2007 ao New York Times a filha de Che Guevara, Aleida Guevara, também manifestou seu repúdio ao uso comercial abusivo da imagem de Guevara.

Aleida e sua família também tentaram deter a comercialização da imagem de Che de maneiras que consideram abusivas. A filha diz que a família recrutou advogados em Nova York a fim de processar companhias que abusam da imagem - não para exigir indenizações, mas para pedir a suspensão do uso. "Não estamos atrás de dinheiro", disse Aleida. "Só queremos o fim do abuso. Ele pode ser uma pessoa universal, mas respeitem sua imagem."

A liberdade dos direitos autorais da imagem também influenciou muitas figuras monocromáticas baseadas no Guerrillero Heroico utlizadas também em camisetas, tais como de Diego Maradona, de Seu Madruga e até de Homer Simpson monocromáticos em desenhos semelhantes.

Fonte: Wikipédia: Guerrilheiro Heroico - Alberto Korda
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segunda-feira, 25 de julho de 2016

A FOME -  Vencedora do Prêmio Pullitzer de Foto Especial
Davi Holanda

A FOME - Vencedora do Prêmio Pullitzer de Foto Especial


Em março de 1993, durante uma viagem ao Sudão (país então arrasado por uma longa guerra civil), o fotógrafo Kevin Carter estava se preparando para fotografar uma criança faminta tentando chegar a um centro de alimentação da Organização das Nações Unidas (ONU) próximo à aldeia de Ayod, no atual Sudão do Sul, quando um abutre-de-capuz aterrizou nas proximidades. Ele relatou que tirou a fotografia porque esse era o seu "trabalho" e depois partiu.

Vendida para o The New York Times, a fotografia foi publicada pela primeira vez em 26 de março de 1993 e foi repassada para muitos outros jornais ao redor do mundo. Em 1994, a imagem ganhou o Prémio Pulitzer de Fotografia Especial

Por muitos anos, a foto foi utilizada para sensibilizar milhares de pessoas quanto ao tema da fome na África. Conta-se, ou pelo menos se subentende, que a menina da foto virou alimento de urubu, e que o fotógrafo suicidou-se, após um ano, vítima de remorso. 

Contudo, uma investigação realizada pelo jornal espanhol El Mundo, na zona de Ayod, no sul do país africano onde a foto foi tirada, comprovou que a menina magérrima retratada na publicação de 1993 não morreu nesse momento, nem poucos dias depois. Segundo o pai da criança, a pequena morreu, após quatro anos, “de febres”.

No momento da sua publicação no The New York Times, a foto desencadeou uma série de polêmicas ao redor do mundo, gerando críticas ao fotógrafo sul-africano.

O jornal St. Petersburg Times, da Flórida, disse sobre Carter: "O homem ajustando suas lentes para capturar o enquadramento exato daquele sofrimento poderia muito bem ser um predador, um outro urubu na cena."

De acordo com o El Mundo, a suposta menina era, na verdade, um menino chamado  Kong Nyong. Segundo o jornalista Alberto Rojas, a criança sobreviveu ao período de fome que afetava o país, vindo a falecer quatro anos mais tarde.

Além disso, se a foto for vista em alta resolução, é possível distinguir uma fita branca em suas mãos. O objeto, diz o jornal, identificada que o pequeno Kong recebia ajuda das Nações Unidas, que tinha um centro de apoio a 10 metros do local da foto.

A história de que Kevin Carter teria cometido suicídio por remorso, também não é verdadeira. De acordo com as investigações, Carter, que se matou no dia 27 de julho de 1994, padecia de diversos vícios, tinha muitas dívidas e estava afetado pela perda de amigos, alguns mortos nos distúrbios da efervescente África do Sul pré-Mandela. Inclusive, ressalta o jornal El Mundo, Carter já havia tentado o suicídio antes da famigerada foto.

Em seu bilhete de suicídio estava o seguinte: ”Estou deprimido, sem telefone, sem dinheiro para o aluguel, sem dinheiro para a manutenção dos filhos, para as dívidas. Dinheiro! Estou atormentado pelas lembranças vividas dos assassinatos e dos cadáveres da ira e da dor… Das crianças feridas e que morrem de fome, dos loucos do gatilho leve, com frequência da polícia, dos assassinos e verdugos.” 

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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Bonde virado na praça da República por ocasião da Revolta da Vacina, 1904
Davi Holanda

Bonde virado na praça da República por ocasião da Revolta da Vacina, 1904

 
Populares derrubaram um bonde em protesto durante a revolta Rio de Janeiro, foto publicada na revista da semana de 27 de novembro de 1904
A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares).

Uma das primeiras e mais importantes revoltas populares durante a primeira República, em busca dos direitos da população pobre, a Revolta da Vacina eclodiu em 1904 no Rio de Janeiro. Os insurgentes se revoltaram devido à violência utilizada contra a população para a vacinação forçada durante a operação montada por Oswaldo Cruz.

A determinação era a de que os agentes sanitários entrassem nas casas das pessoas, desnudassem mulheres e crianças, em sua maioria contra sua vontade, para aplicar a vacina contra a febre amarela e varíola.

O que aconteceu durante a revolta:

- Muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes públicos que deviam aplicar a vacina, reagindo, muitas vezes, com violência.

- Prédios públicos e lojas foram atacados e depredados;

- Trilhos foram retirados e bondes (principal sistema de transporte da época) foram virados.

Reação do governo e consequências:

- O governo federal suspendeu temporariamente a vacinação obrigatória.

- O governo federal decretou estado de sítio na cidade (suspensão temporária de direitos e garantias constitucionais).

- Com força policial, a revolta foi controlada com várias pessoas presas e deportadas para o estado do Acre. Houve também cerca de 30 mortes e 100 feridos durante os conflitos entre populares e forças do governo.

- Controlada a situação, a campanha de vacinação obrigatória teve prosseguimento. Em pouco tempo, a epidemia de varíola foi erradicada da cidade do Rio de Janeiro.

Imagem: Marianno da Silva. Acervo da Fundação Biblioteca 
Nacional

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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Carroça de coleta de lixo em 1910
Davi Holanda

Carroça de coleta de lixo em 1910

Imagem: Vincenzo Pastore, 1910.
O barulho produzido nos horários das coletas de lixo chegou a incomodar muita gente. "É uma verdadeira orgia de latas de lixo que são atiradas em qualquer porta" escreveu, indignado, um morador ao jornal de São Paulo, 1940.

Rua Direita, entre o largo da Misericórdia e a rua São Bento - SP
Fonte: brasilianafotografia
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sexta-feira, 15 de julho de 2016

O atentado de Wall Street, 1920
Davi Holanda

O atentado de Wall Street, 1920

 
O ataque ocorreu numa terça-feira, no dia 16 de setembro de 1920, em plena Wall Street, o centro financeiro de Nova Iorque, em que morreram 38 pessoas e 143 pessoas ficaram seriamente feridas.

Era um dia comum na agitada Wall Street. Ninguém imaginava que a carroça estacionada na frente da sede da JP Morgan carregava uma grande quantidade de dinamites, mais o dobro em ferro fundido utilizado como pesos de guilhotina.
Exatamente às 12h01, a bomba foi detonada, lançando toda a carga como se fossem mísseis que atingiram a todos na rua movimentada, em pleno horário de almoço. Instantaneamente 38 pessoas foram mortas e mais de 140 ficaram gravemente feridas.

O país nunca havia visto um ataque terrorista daquela proporção, se tornando o primeiro carro bomba da história dos Estados Unidos e do mundo. Algumas horas após o ataque, todo o local já havia sido limpo, o que dificultou a realização de uma investigação mais aprofundada.

Posteriormente, a análise do ferro fundido demonstrou que na verdade não se tratava de um acidente, mas de um ataque deliberado. Devido o posicionamento do carro bomba, as autoridades da época acreditaram ter sido de autoria de grupos anticapitalistas.

A teoria mais aceita ainda hoje é a de que o ataque fora realizado por anarquistas italianos em represália à prisão de Sacco e Vanzetti alguns meses antes. Porém, eram apenas especulações, já que nenhuma prova concreta jamais fora encontrada.
As únicas lembranças que sobraram daquele dia, entretanto, permanecem marcadas para sempre nas paredes da 23th da Wall Street.

Fotos: NY Daily News / Getty Images

Mais em: Wikipédia 
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quarta-feira, 13 de julho de 2016

segunda-feira, 11 de julho de 2016

"Parabéns a você", por Bertha Celeste
Davi Holanda

"Parabéns a você", por Bertha Celeste

Bertha Celeste, autora da letra "Parabéns a você" em Português
A música mais cantada em todo o mundo foi criada nos Estados Unidos em 1875 pelas irmãs Mildred e Patrícia Hill, professoras primárias da cidade de Louisville, no estado de Kentucky. Elas compuseram uma pequena quadra chamada "Morning to al" (Bom dia para todos) para cantar com os alunos pela manhã, antes do início das aulas.

Berta Celeste Homem de Melo é a autora da letra, em português, da música mais popular de todos os tempos, Parabéns a Você, até então cantada em inglês no Brasil

Berta Celeste nasceu em Pindamonhangaba, no dia 21 de março de 1902. Foi poetisa, farmacêutica e professora brasileira.

Única filha de um casal de fazendeiros de Pindamonhangaba, Bertha formou-se em farmácia. Casou-se e teve uma única filha, Lorice.

Tinha 40 anos de idade quando participou, junto a outros cinco mil candidatos, do concurso para a escolha da letra de 'Parabéns a Você', que compôs em apenas cinco minutos.

Além deste concurso, que venceu usando o pseudônimo de "Léa Guimarães", participava de diversos outros que ouvia pelo rádio, sendo vencedora diversas vezes - como na quadra feita para escolha do jingle de uma cera de polimento de pisos, que dizia: "Vou lhe contar um segredo / Que todos sabem de cor / Dá lustro até num rochedo / A supercera Record".

Doutorou-se em Letras, escrevendo poemas que foram mais tarde publicados no livro "Devaneios". Aos 54 anos, mudou-se para a cidade de Jacareí, onde lecionou por mais de 40 anos e, em 12 de setembro de 1998, recebeu o título de cidadã honorária, mesmo data em que lançou seu livro.

Declarava ter se emocionado em várias ocasiões em que sua letra foi entoada, especialmente durante a festa do quarto centenário da cidade de São Paulo e durante visita do Papa João Paulo II em 1980, na cidade de Aparecida. Faleceu, aos 97 anos, de pneumonia, em Jacareí.

O Concurso:
Em 1942, o compositor Almirante, insatisfeito com o fato de no Brasil a canção de aniversário ser cantada em inglês, idealizou um concurso na Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, para a criação em português da canção norte-americana "Happy Birthday To You".

A escolha da canção vencedora coube à Academia Brasileira de Letras, com Cassiano Ricardo e Múcio Leão. A canção de Bertha foi a vencedora por dois motivos principais: foi uma das únicas que trazia cada verso diferente (a maioria repetia a mesma frase) e pela beleza.

A letra original de "Parabéns a Você" é:

"Parabéns a você, nesta data querida, muita felicidade, muitos anos de vida".
Além de passar boa parte da vida contando a história de seu famoso verso, Bertha insistia para que as pessoas o cantassem direito. Quem canta – como muita gente faz – “Parabéns prá você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida”, está cometendo três erros (gravíssimos, asseverava dona Bertha): na primeira linha, o certo é “Parabéns a você”. Na segunda, o correto é “nesta”, e não “nessa”. E, na terceira, “muita felicidade” é singular e não plural. Ah, e aquela coisa de “É pique-pique-pique, é hora, é hora, é hora” depois do “Parabéns a Você” não tem nada a ver nem com a melodia original, nem com dona Bertha. Poetisa de respeito, ela jamais escreveria uma barbaridade dessas...

Fontes: G1 - Super Interessante
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sexta-feira, 8 de julho de 2016

"Homeless": foto vencedora do Prêmio Pulitzer de 1985
Davi Holanda

"Homeless": foto vencedora do Prêmio Pulitzer de 1985

Tom Gralish. Philadelphia's Homeless 1986 Pulitzer Prize
No inverno de 1985, Tom Gralish, fotografo do Philadelphia Inquirer saiu do conforto de sua vida para acompanhar a realidade das ruas. Lá, Gralish acompanhou a rotina de alguns moradores de rua.

"As pessoas gostam quando você prestar atenção a eles.", disse Tom.

Em um de seus momentos, o fotografo registrou uma cena comum em muitas cidades grandes. A foto foi vencedora do Prêmio Pulitzer daquele ano.
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quarta-feira, 6 de julho de 2016

Apresentações da NASA antes do PowerPoint
Davi Holanda

Apresentações da NASA antes do PowerPoint


Microsoft PowerPoint é um programa utilizado para criação/edição e exibição de apresentações gráficas, originalmente escrito para o sistema operacional Windows e portado para a plataforma Mac OS X. foi lançado em 1990.

Nas imagens, no início de 1960, como não existia o PowerPoint, as apresentações eram feitas em quadros e lousas.. era assim que os cientista se viravam.

As fotos captadas pelo fotógrafo J. R. Eyerman. Na ocasião a equipe da NASA se preparava para apresentar alguns cálculos que ajudariam o primeiro astronauta a ir para o espaço. Isso na década de 1960.


Fonte: LIFE - ENGENHARIAE.
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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Quando o rio ainda era Tietê
Davi Holanda

Quando o rio ainda era Tietê

Imagem: © Hildegard Rosenthal / Life Magazine
O rio Tietê é um rio brasileiro do estado de São Paulo. É conhecido nacionalmente por atravessar, em seus 1 010 km, praticamente todo estado de São Paulo de leste a oeste, marcando a geografia urbana da maior cidade do país, a capital paulista. Ao contrário de outros rios, o Tietê se volta para o interior e não corre para o oceano, característica que o tornou um importante instrumento na colonização do país.

O nome "Tietê" foi registrado pela primeira vez em um mapa no ano de 1748 no mapa Danvile. O hidrônimo é de origem tupi e significa "água verdadeira", com a da junção dos termos ti ("água") e eté ("verdadeiro").

Embora seja um dos rios mais importantes economicamente para o estado de São Paulo e para o país, o rio Tietê ficou mais conhecido pelos seus problemas ambientais, especialmente no trecho em que banha a cidade de São Paulo.

Não faz muito tempo que o rio Tietê se tornou poluído. Ainda na década de 1960, o rio tinha até peixes no seu trecho da capital. Porém, a degradação ambiental do rio Tietê teve início de maneira sutil na década de 1920, com a construção da represa de Guarapiranga, pela empresa canadense Light, para posterior geração de energia elétrica nas usinas hidrelétricas Edgar de Souza e Rasgão, localizadas em Santana de Parnaíba. Esta intervenção alterou o regime de águas do rio na capital e foi acompanhada de alguns trabalhos de retificação também pela Light, que deixaram o leito do rio na área da capital menos sinuoso, nas regiões entre Vila Maria e Freguesia do Ó.

Porém, ainda nas décadas de 1920 e 1930, o rio era utilizado para pesca e atividades desportivas: eram famosas as disputas de esportes náuticos no rio. Nesta época, clubes de regatas e natação foram criados ao longo do rio, como o Clube de Regatas Tietê e o Clube Esperia, que existem até hoje.

O processo de degradação do rio por poluição industrial e esgotos domésticos no trecho da Grande São Paulo tem origem principalmente no processo de industrialização e de expansão urbana desordenada ocorrido nas décadas de 1940 a 1970, acompanhado pelo aumento populacional ocorrido no período, em que o município evoluiu de uma população de 2 000 000 de habitantes na década de 1940 para mais de 6 000 000 na década de 1960.

O rio Tietê é frequentemente retratado na cultura e nas artes, como símbolo da degradação na qualidade de vida dos habitantes de São Paulo.

Nas artes, algumas das mais famosas personagens ligadas ao rio Tietê estão na série "Piratas do Tietê", da cartunista Laerte. Nessa série, piratas sanguinários navegam pelo rio Tietê, provocando caos na cidade. Entre os personagens, há referência ao jacaré que, na vida real, foi encontrado, há alguns anos, no rio Tietê. Na vida real, esse célebre jacaré foi apelidado de Teimoso, por suas constantes fugas do resgate (acabou por ser resgatado pelo corpo de bombeiros e encontra-se, hoje, no Zoológico de São Paulo).[17] Os Piratas do Tietê foram tema de peça de teatro em 2003.

Informações: Wikipédia
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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Conheça a história do ex-cortador de cana que virou médico no Recife
Davi Holanda

Conheça a história do ex-cortador de cana que virou médico no Recife


Um dos sete filhos do pedreiro José Lopes, de 63 anos, e da dona de casa Edileusa Maria, de 59, o agora médico Jonas Lopes trabalhou como cortador de cana até os 15 anos. Nascido em Palmares, Mata Sul de Pernambuco, Jonas morou até 2006 em Joaquim Nabuco. Hoje com 30 anos, o futuro cardiologista garante ao G1: "o que me move é o conhecimento e ajudar as pessoas".

"Tivemos uma colação antecipada no dia 17 de junho, que foi para pegar o registro do Cremepe [Conselho Regional de Medicina de Pernambuco]. Na solenidade oficial, na hora do discurso da oradora, ela disse: 'Jonas, levante'. Em seguida, falou um breve histórico da minha vida, me parabenizou e todos os meus colegas me aplaudiram. Não aguentei e chorei demais", revelou.

Formatura: Imagem JC
O ex-trabalhador rural Jonas Lopes da Silva, tornou-se protagonista de uma grande história de superação. Jonas cortou cana dos 7 aos 15 anos e, na noite de quarta-feira (29), colou grau em Medicina pela Universidade de Pernambuco (UPE).

A cerimônia aconteceu no Teatro Guararapes, na cidade de Olinda. Muitos familiares de Jonas estiveram presentes para prestigiar o jovem médico. "Não sou melhor nem pior que ninguém. Apenas corri atrás do que sonhava", revelou Jonas ao "Jornal do Comércio" (JC).

Entre os anos de 1998 e 1999, o médico parou de estudar. Ao G1, ele disse que esta "parada" nos estudos foi um momento de rebeldia. "Eu recomecei em 2000. Na verdade, eu caí na real. Ver minha mãe trabalhando no engenho, sofrendo… Ela tinha que comprar os meus cadernos e dos meus irmãos ou comida para dentro de casa. Quando eu vi esse sofrimento dela, decidi que jamais iria parar de estudar. O céu não é nem o meu limite. Eu amo estudar", explicou Jonas.

Em 2007, Jonas começou a se preparar para o vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE), que oferecia vagas exclusivas para estudantes de escolas públicas. "Eu conheci o sistema de cotas da instituição e vi que tinha como entrar por ele, já que eu sempre estudei por escola pública. Esse sistema de cotas foi minha esperança", lembrou o médico.

A trajetória mereceu o reconhecimento dos colegas de turma que o aplaudiram de pé durante a cerimônia de formatura. "Apesar de termos tantos milagres hoje a contar, a turma escolheu um desses milagres para receber o grau em nome de todos nós. Antes de ser estudante de Medicina ele lutou contra a exploração de mão de obra infantil nas usinas de cana-de-açúcar no interior de Pernambuco", disse a oradora da turma Débora Lima.

Foi também durante a infância que veio o sonho de cursar medicina. Desde pequeno Jonas gostava de ciências. Devido às dificuldades pelas quais a família passava, pensou em ser professor, porque - para ele - seria mais fácil. "Mas eu ficava admirando o trabalho de médico. Sempre tive a medicina no coração", falou.

O recém-formado também trabalhou dando aulas de de reforço, em casas de jogos e carregando frete na feira. No ano de 2006 ele fez o vestibular de medicina e passou só na primeira fase.

Aprovação na UPE
Jonas tentou entrar na universidade por três anos. Em 2006 ele estudou sozinho e não conseguiu a aprovação. No mesmo ano ele juntou o dinheiro do trabalho para ir morar no Recife com a irmã. De 2007 até 2009 - ano no qual foi aprovado - ele cursou pré-vestibular e estudava de dez a 12 horas por dia.

O médico recém-formado conseguiu assistência moradia e alimentação como bolsa da UPE e morou durante seis anos na Casa do Estudante de Pernambuco. "Fui monitor de inglês na casa, ganhei bolsa de iniciação científica e extensão universitária", disse.

Em 2014 Jonas começou a estagiar em uma unidade de saúde de Joaquim Nabuco. Com o estágio ele ajudava na renda dos pais. "Eu ficava atendendo e passava os casos para o médico plantonista, que é como é regulamentado pelo código de ética médica", lembrou.

Fontes: G1 - JC
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