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sábado, 7 de maio de 2016

Especial Dia das Mães: Confira a história inspiradora de Karolina Cordeiro, a mãe que fez da doença rara do filho uma fonte de superação

Foto: Karolina Cordeiro/Arquivo Pessoal
Karolina Cordeiro tem 33 anos, é geógrafa, mora em Uberlândia, Minas Gerais. Casada e tem três filhos: Ana Júlia, Pedro e Giovana. Vivia uma vida tranquila, cuidando deles e da profissão. Costumava correr de vez em quando, sem treinos, sem planejamentos ou objetivos. Quando seu filho Pedro tinha 10 meses de idade, a geógrafa mineira Karolina Cordeiro descobriu que ele tem uma doença raríssima, a Síndrome de Aicardi-Goutiéres (pouco mais de 80 casos no mundo), que o impossibilita de andar e falar, embora seu lado cognitivo esteja preservado. 

A médica avisou que a média de vida de quem tem a doença era de dois anos. E justamente quando ele tinha dois anos, a mãe propôs um trato: ele iria viver bem, acordar e dormir sorrindo. E assim tem sido. O vitorioso Pedro está hoje com 8 anos.

Karolina tem movido montanhas. Descobriu pela internet um geneticista da Inglaterra que incluiu Pedro numa pesquisa, deixou o emprego de geógrafa, virou corredora com ele, estuda fisioterapia por causa dele, o acompanha na equoterapia, hidroterapia e fonoterapia. Graças a um programa de computador baixado gratuitamente pela internet (o eViacan), Pedro consegue mexer o mouse com os olhos, possibilitando seu aprendizado e alfabetização. Karolina: “Quando ninguém dava nada por ele, eu o colocava em frente ao espelho e dizia: olha lá, está vendo aquele cara ali, é inteligente, é valente, é vencedor”.

Apesar de Pedro não andar e não falar, ela olha para ele e vê um filho como uma criança igual a todas. “O que o torna especial não são suas necessidades, mas a forma de como ele as enfrenta. Ele gosta de estar neste mundo. Considero nossa história de superação, pois ele e eu tínhamos duas opções: esperar o que poderia acontecer ou fazer uma super ação, de se olhar e ir para a luta. Escolhemos a segunda. Eu preciso mais dele do que ele de mim”, garantiu.

Fotos/Reprodução Karolina Cordeiro/Arquivo Pessoal
Em 2012, ela começou a participar de corridas de rua com o filho, empurrando o garoto em uma cadeira de rodas adaptada.

"Encontrei no esporte uma forma de fazer com que Pedro tivesse a oportunidade de sentir o movimento e o prazer pela vida." Quando começou a se apaixonar pelo esporte, o menino apresentou os primeiros sintomas da síndrome de Aicardi–Goutières, aos dez meses de vida. “Ele dormia muito e começou a perder os movimentos do corpo. Descobri a síndrome depois de alguns exames nos Estados Unidos”.

"Parei de trabalhar para cuidar do meu filho, mas decidi não parar de correr." Ao contrário, colocou Pedro no carrinho e passou a treinar com ele no Parque do Sabiá, em Belo Horizonte, Minas Gerais. No ano passado, a dupla realizou o sonho de correr junta uma prova oficial ao ultrapassar em 33 minutos os cinco quilômetros do Circuito de Corridas, em Uberlândia. “Foi muito emocionante. Foi a primeira corrida dele e minha juntos em uma prova oficial. E cada minuto foi um parto. Eu lembrei da vida dele toda. E ele é um vencedor. Eu falei que a medalha dele o estava esperando. Disse que ele já é um campeão e disse ainda: ‘Pedro não precisa chegar primeiro. O importante é chegar’”.

Em uma entrevista para o blog Tudo Sobre Minha Mãe:

6- O Pedro já foi vítima de preconceito? 

"Um dia num restaurante lotado, tinha uma mesa ao lado da nossa. A fila de espera estava enorme. Veio um casal com uma criança de uns três anos. Eles chegaram para se sentar todos felizes, mas olharam para o lado e disseram para o garçom: “Tem outra mesa? Preferimos sentar num local onde não tenha PESSOAS ASSIM…." O Pedro não percebeu, mas eu enchi os olhos d’água e pensei: que Deus possa encher o coração desta família de amor. E beijei meu filho muito, muito, muito....".

A história de uma criança encantadora que não anda, não fala, mas pode mudar o mundo. Este é o tema do livro “Quando Conheci Pedrinho”, escrito por Fernanda de Oliveira, e que conta a história do garoto Pedro Cordeiro, o Pedrinho. A obra ainda traz um CD com a história narrada e músicas assinadas por Giordano Pagotti.

Uberlândia foi uma das 325 cidades escolhidas para participar do revezamento da tocha aqui no Brasil. Hoje às 17h20 a Tocha Olímpica passará pela cidade de Uberlândia. Ao todo serão 86 condutores que levarão a chama por 16km percorrendo os principais pontos de Uberlândia. Um deses condutores será o Pedrinho.

"Multiplica a emoção quando o Pedro nasceu... e o peguei em meus braços.
Multiplica a emoção da primeira vez que corri com ele ...deixando pra trás uma doença rara e terrível.
Multiplica eu ter nascido e amo morar na minha cidade de Uberlândia.
Multiplica a minha alegria de Domingo ser dia das mães...
Ahhhh se eu fosse vocês iriam no Sabiazinho Sábado as 17:20, SÓ FALO ISSO !!!!
", recado da Karolina.


Confira mais: G1 - tudosobreminhamae 
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Davi Holanda

Editor

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Um comentário:

  1. Maravilha!!! Deus sempre protegera voce e seu filho, sua familia, sua vida. Q seu amor seja sempre grande cada vez mais e mais.

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