Primeira Guerra Mundial: Trégua de Natal de 1914
Em dezembro de 1914, a guerra estava entrando em uma nova fase: um cerco prolongado acontecia em trincheiras estáticas ao longo de uma frente de 750 km. Durante os quatro meses anteriores, os soldados estavam morrendo em um ritmo terrível, e não havia um fim para a guerra à vista. Mas, durante o Natal, as coisas de repente ficaram calmas, pelo menos por um tempo.
Na noite antes do Natal, um capitão britânico servindo na Rue du Bois ouviu um sotaque estrangeiro do outro lado do fosso, dizendo: “Não atire depois da meia noite e nós também não o faremos” e, em seguida: “Se você for inglês, saia e converse com a gente, nós não vamos disparar”.
Carta do general britânico Walter Congreve |
De acordo com Keith Perry do portal The Independent, uma carta escrita exatamente no dia de Natal e enviada por um general britânico — Walter Congreve — à sua esposa foi descoberta recentemente na Inglaterra. Incrivelmente, o militar estava presente durante a trégua e descreveu o desenrolar de eventos que resultaram nesse icônico acontecimento.
Na carta, Congreve conta que foram os alemães que tiveram a iniciativa de pedir pela trégua, que foi combinada graças à coragem de um dos soldados britânicos que bravamente saiu das trincheiras para selar o acordo de paz temporária. Depois, os inimigos esqueceram suas diferenças e se reuniram na “terra de ninguém” onde se cumprimentaram, compartilharam cigarros, jogaram futebol, cantaram hinos natalinos e inclusive trocaram presentes.
O militar também revela na carta que se sentiu relutante em aderir à trégua por medo de que os alemães não resistissem à tentação de atirar contra um general. E inclui uma passagem interessante: um de seus soldados contou que havia fumado com o melhor atirador do exército alemão — um garoto com não mais de 18 anos e que tinha matado sozinho mais homens do que 12 soldados juntos.
Além da carta de Congreve, existem outros vários relatos sobre a Trégua de Natal de 1914, que descrevem com detalhes como os inimigos confraternizaram entre as trincheiras. Com base nos diversos testemunhos, os historiadores acreditam que esse extraordinário evento foi proposto na véspera de Natal e teve cerca de 48 horas de duração — embora existam registros apontando que a trégua foi muito mais longa em outros pontos da trincheira.
Na carta, Congreve conta que foram os alemães que tiveram a iniciativa de pedir pela trégua, que foi combinada graças à coragem de um dos soldados britânicos que bravamente saiu das trincheiras para selar o acordo de paz temporária. Depois, os inimigos esqueceram suas diferenças e se reuniram na “terra de ninguém” onde se cumprimentaram, compartilharam cigarros, jogaram futebol, cantaram hinos natalinos e inclusive trocaram presentes.
O militar também revela na carta que se sentiu relutante em aderir à trégua por medo de que os alemães não resistissem à tentação de atirar contra um general. E inclui uma passagem interessante: um de seus soldados contou que havia fumado com o melhor atirador do exército alemão — um garoto com não mais de 18 anos e que tinha matado sozinho mais homens do que 12 soldados juntos.
Além da carta de Congreve, existem outros vários relatos sobre a Trégua de Natal de 1914, que descrevem com detalhes como os inimigos confraternizaram entre as trincheiras. Com base nos diversos testemunhos, os historiadores acreditam que esse extraordinário evento foi proposto na véspera de Natal e teve cerca de 48 horas de duração — embora existam registros apontando que a trégua foi muito mais longa em outros pontos da trincheira.
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