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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Sylvester Stallone, um lutador em todos os sentidos da palavra
Davi Holanda

Sylvester Stallone, um lutador em todos os sentidos da palavra



Imagem do filme Rocky Balboa 
Sylvester Gardenzio Stallone nasceu em Nova York, filho mais velho de Frank Stallone Sr., um cabeleireiro, e Jackie Stallone (nascida Jacqueline Labofish), uma astróloga, ex-dançarina e promotora de wrestling para mulheres. Seu irmão mais novo é o ator e músico Frank Stallone. O pai de Stallone nasceu em Gioia del Colle, Puglia, Itália, e emigrou para os Estados Unidos quando criança. A mãe de Stallone tem ascendência metade ucraniana e metade francesa.

Sua mãe sofreu complicações durante o parto, o que obrigou os obstetras a usarem dois pares de fórceps durante seu nascimento. O uso indevido destes instrumentos causaram acidentalmente um corte em um nervo, causando uma paralisia em partes do rosto de Stallone. Como resultado, o lado inferior esquerdo do seu rosto está paralisado, incluindo partes de seu lábio, língua e queixo. Complicação essa que lhe rendeu apelidos e bullying na infância

Em 1970, num grande desespero, depois de ser despejado de seu apartamento, e dormir durante alguns dias em uma estação de ônibus em Nova York (USA), pra ganhar US$ 100 por dia de trabalho. O fundo do poço chegou quando ele teve de vender seu cachorro em uma loja de bebida para um estranho qualquer, pois não tinha dinheiro para alimenta-lo mais. Ele o vendeu por $25, entregou seu cachorro e saiu chorando.

Stallone teve seu primeiro papel no filme pornográfico The Party at Kitty and Stud's (1970). Pagavam-lhe 200 dólares por cada dois dias de trabalho. Stallone explicou mais tarde que tinha feito o filme em desespero depois de ter sido despejado de seu apartamento e ficando sem moradia por vários dias. Também disse que dormiu três semanas na estação de ônibus Port Authority em Nova Iorque antes de ter visto o aviso de elenco para o filme. Nas palavras do ator, "era ou fazer aquele filme ou roubar alguém, porque eu estava no fim de minhas forças".

O filme foi relançado anos mais tarde com o título de Italian Stallion (Garanhão Italiano), a fim de lucrar com a nova fama que Stallone encontrou (o novo título foi tirado do apelido do personagem Rocky).

Stallone também estrelou a erótica peça teatral Score, que teve 23 apresentações no Teatro Martinica, de 28 de outubro até 15 de novembro de 1971. Essa peça foi transformada em filme por Radley Metzger, mas Stallone não atuou.

Algumas semanas depois ele viu uma luta de boxe entre Mohammed Ali e Chuck Wepner e essa luta o inspirou a escrever o roteiro de ROCKY. Ele escreveu o roteiro durante 20 horas seguidas! Tentou vendê-lo e recebeu a oferta de $125.000, mas tinha apenas UM PEDIDO. Ele queria ESTRELAR no filme como o personagem principal ROCKY, mas o estúdio disse NÃO. Eles queriam uma “estrela” de verdade.

Disseram que ele “tinha um rosto engraçado e falava engraçado”. Ele saiu com seu roteiro. Depois de algumas semanas o estúdio o ofereceu $250,000, ele recusou, então ofereceram $350,000, e ele ainda recusou. Queriam o seu filme, mas não o queriam. Ele disse NÃO! Eu tenho que estar nesse filme.

Depois de um tempo o estúdio concordou em lhe dar $35,000 pelo roteiro e o deixaram estrelar o filme. O resto entrou para a história do cinema. O filme GANHOU prêmios de MELHOR FILME, MELHOR DIREÇÃO, MELHOR EDIÇÃO e o prestigioso OSCAR de MELHOR FILME. Ele ainda foi nomeado como MELHOR ATOR! O filme ROCKY entrou para o s registros americanos da indústria de cinema como um dos maiores filmes até então feitos.

E você sabe a primeira coisa que ele fez com os $35,000?

COMPROU DE VOLTA O CACHORRO QUE HAVIA VENDIDO. Ficou parado na loja por 3 dias até que o homem voltasse com seu cachorro. O homem se recusou a vendê-lo mesmo por $100, Stallone então ofereceu $500, ele recusou. Ele então ofereceu $1.000. Acredite ou não Stallone teve de pagar $15.000 pelo mesmo cachorro que ele vendera por $25.

O mesmo Stallone que morou na rua, que vendeu seu cachorro, pois não podia alimentá-lo é um dos maiores ícones do cinema mundial hoje.

“Não ter dinheiro é ruim, MUITO RUIM. A vida não será fácil. Oportunidades passarão por você ser um ninguém. Pessoas vão querer seu produto e não VOCÊ. É um mundo cruel. Se você ainda não é famoso, ou rico, ou bem conectado você vai achar ainda mais difícil. Portas se fecharão. Pessoas roubarão sua glória e esmagarão sua esperança. Você vai se esforçar, se esforçar e nada acontecerá. Então desolado, quebrado, pobre, você aceitará trabalhos que não o completam por sobrevivência. Quem sabe pode até acabar dormindo na rua. Mas NUNCA deixem que destruam seu sonho. Seja o que for que aconteça CONTINUE SONHANDO, mesmo quando esmagarem sua esperança CONTINUE SONHANDO, mesmo quando te deixarem sozinho CONTINUE SONHANDO. Ninguém sabe do que você é capaz a não ser você mesmo.Enquanto você estiver vivo, a sua história ainda não acabou.” -Sylvester Stallone
“Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você vai bater e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha.” Rocky Balboa

Fontes: Wikipédia - Careerexpert
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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Nascida no dia 13 de fevereiro de 1925, no município de Sapé, Paraíba, Elizabeth Teixeira constrói sua trajetória em meio a lutas por justiça, terra e liberdade
Davi Holanda

Nascida no dia 13 de fevereiro de 1925, no município de Sapé, Paraíba, Elizabeth Teixeira constrói sua trajetória em meio a lutas por justiça, terra e liberdade

Imagem: adufpb.org
Ela abriu mão do conforto para viver o amor ao lado de um trabalhador pobre e analfabeto. Com ele, formou família. E ajudou a construir a história do movimento sindical agrário no Brasil. A paraibana Elizabeth Teixeira é a face feminina das lutas camponesas da metade do século passado. Junto ao marido, João Pedro Teixeira, fundou, no município de Sapé (PB), o maior sindicato de trabalhadores agrários do país até então. E assumiu a liderança do movimento depois do assassinato dele, em 1962.

A história de Elizabeth e seu marido, João Pedro Teixeira, acontece em meio a um quadro de fome, opressão, exploração e repressão da força de trabalho no campo. Nem a violência privada do latifúndio, nem a oficial exercida pelo aparato estatal, no entanto, conseguiram sufocar os ideais da luta camponesa

Seu pai era fazendeiro, proprietário e comerciante. Ela frequentou a escola, mas não terminou o primário. Aprendeu a ler, escrever e dominar as quatro operações de matemática. Foi proibida de continuar os estudos, saindo da escola para trabalhar na mercearia do pai. Foi neste estabelecimento comercial que ela conheceu João Pedro Teixeira.

João Pedro Teixeira, trabalhador alugado, é o encarregado do transporte dos mantimentos. Os dois se conhecem, se gostam, se apaixonam, até que chega o momento do pedido de casamento. A família de Elizabeth não aceitava o relacionamento pois João era negro, operário e pobre. Aos 16 anos, ela fugiu de casa para viver com ele.

Elizabeth relembra: “Papai dizia assim: ‘A minha filha mais velha, casar com um homem pobre, trabalhador de pedreira alugado… não. A minha filha tem que casar com um homem que tenha condições de vida. Não casar com um pobre, e, além disso, preto. A minha filha mais velha casar com um homem preto? Negro e pobre? Não minha filha, você tem que casar com um rapaz que tenha condições, que tenha carro, que tenha terra, que tenha comércio, que tenha vida. Não com um pobre. ’ Não aceitou não, de jeito nenhum papai aceitou. Aí eu fugi.”.

Quando estava grávida de seu segundo filho, Abrahão Teixeira, Elizabeth foi morar em Recife/PE. João Pedro participava da luta da classe trabalhadora e ajudou na fundação do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, em Recife. Por conta da luta, os empresários não davam emprego a João Pedro. Com a família passando fome, tiveram que voltar para a Paraíba.

Elizabeth viveu por muito tempo sozinha, pois João era frequentemente ameaçado e perseguido pelos latifundiários. Ele fugiu para Recife e para o Rio de Janeiro, onde fico escondido por oito meses. Nesse período, ela recebeu solidariedade dos companheiros de luta, que a ajudavam, não deixando faltar nada à família durante a ausência do marido.

Em 1962, João foi brutalmente assassinado em uma emboscada preparada por pistoleiros. Foram três tiros, pelas costas.

Depois da morte do marido, Elizabeth reuniu os militantes da Liga em uma grande Assembleia, com mais de dois mil camponeses e camponesas. Ela assumiu a liderança das Ligas e a partir daí sofreu diversos atentados de morte.

"Um dia após o golpe tentaram incendiar minha casa, mas não me encontraram, porque estava em Galiléia, cidade de Vitória, a 58 km de Recife. Quando soube do fato, fugi para dentro das matas e no dia seguinte, conseguimos chegar até Recife. Depois, cheguei a João Pessoa, procurei notícias dos meus filhos e acabei sendo presa. Passei três meses e 24 dias na prisão, no Agrupamento de Engenharia", diz ela em entrevista ao CPT Nacional.

Com o golpe militar de 1964, teve que passar para a clandestinidade, adotando o nome de Marta Maria Costa e fugindo para São Rafael (Rio Grande do Norte), com o filho Carlos, onde viveu por 16 anos.

Na vida clandestina, Elizabeth trabalhou lavando roupas, ficou doente por conta da água poluída do rio, passou fome. Sem poder trabalhar, viveu de pequenas ajudas. Um dia, ao ver que as crianças da cidade de São Rafael viviam pelas ruas, sem escola, sem ensino nenhum, ela começou a dar aula em troca de alimentação.

Em 1981, aconteceu o encontro entre ela e o cineasta Eduardo Coutinho, que a encontrou com a ajuda de seu filho, Abrahão (que na ocasião já trabalhava como jornalista em Patos/PB).

Ela abandonou a vida clandestina, assumiu seu verdadeiro nome e voltou para João Pessoa onde vive até os dias atuais. Ao retornar, seu objetivo era encontrar seus outros filhos (ela teve 11) que estavam espalhados entre Paraíba, Recife, Rio de Janeiro e Cuba. Além desses, uma de suas filhas suicidou-se, na ocasião de sua prisão. Outros dois foram assassinados.

A casa onde viveu com João Pedro, em Sapé, foi tombada e destinada a abrigar o Memorial das Ligas Camponesas, em 2011.

"Cabra marcado para morrer" é um filme documentário sobre a vida de João Pedro Teixeira, dirigido por Eduardo Coutinho.

Em razão do golpe militar, as filmagens foram interrompidas em 1964. Parte da equipe foi presa sob a alegação de "comunismo".

O trabalho foi retomado 17 anos depois, com depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens e também de Elizabeth Altino Teixeira.

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A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) outorgou em 15 de setembro do ano passado, durante uma sessão especial, a “Comenda Margarida Maria Alves” para a líder camponesa Elizabeth Teixeira, que, aos 90 anos (hoje com 91), continua sendo um dos principais símbolos da luta pela terra, não apenas na Paraíba, mas em todo o Brasil.

“Foi muito sofrimento e muita luta pela terra mas hoje estou aqui recebendo está homenagem e só tenho a agradecer por tantas pessoas lembrarem da minha pessoa e de toda munha trajetória de luta pela Reforma Agrária em nosso país”, agradeceu a homenageada, Elizabeth Teixeira.

Fontes: cptnacional - agemt - palarmentopb
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segunda-feira, 25 de abril de 2016

A história do garoto nigeriano que foi abandonado pela família por ser considerado um bruxo. Confira como ele está agora.
Davi Holanda

A história do garoto nigeriano que foi abandonado pela família por ser considerado um bruxo. Confira como ele está agora.

Anja Ringgren Loven oferece água e biscoitos a Hope ao resgatar o menino das ruas, na Nigéria (Imagem: facebook de Anja Ringgren Lovén)
Assim como milhares de outras crianças, Hope de apenas 2 anos de idade foi abandonado por sua família nas ruas da Nigéria, onde muitas pessoas, incluindo os próprios pais, estão acusando crianças de serem “bruxas”. Uma situação que nos parece tão fora da realidade que custa até acreditar. Mas está acontecendo.

Antigamente, na década de 90, dezenas de pessoas acusadas de bruxaria foram assassinadas no oeste do Quênia. Na região, corria o boato de que essas pessoas atraíam o azar e tornavam as pessoas canibais, surdas, mudas ou sonâmbulas. A região passou a ter a reputação de ser uma "área de bruxas". E isso não é muito diferente na Nigéria de hoje.

A criança, agora chamada de Hope (esperança em inglês), apresentava uma magreza extrema - subnutrida e o corpo repleto de vermes depois de ter sido forçada a viver de restos de comida que algumas pessoas deixava no chão para ele por oito meses, conta o diário britânico The Independent. Foi a enfermeira Anja Ringgren Lovén, essa mulher cheia de tatuagens que vive na África, onde criou a Fundação para a Educação e Desenvolvimento das Crianças Africanas há dois anos. Ao encontrar o garotinho Hope, Lovén lhe deu água e um pouco de comida levando-o em seguida para o hospital. Esse encontro foi feito no dia 31 de Janeiro deste ano, há 3 meses atrás.

A organização fundada pela dinamarquesa destina-se precisamente a ajudar crianças com AIDS e que são acusadas de feitiçaria que são abandonadas e por vezes até mortas por membros da sua comunidade. “Milhares de crianças estão a ser acusadas de serem feiticeiras e vimos torturas a crianças, crianças mortas e crianças assustadas”, escreveu no Facebook.

Loven informou ainda que o garoto está sob medicação contra os vermes e tem sido sujeito a várias transfusões de sangue para que lhes sejam restabelecidos os glóbulos vermelhos no sangue. “A condição de Hope é estável agora. Ele está a comer por si mesmo e responde à medicação que recebe”, escreveu no mês passado em uma rede social da Fundação.

Após os primeiros tratamentos e transfusões de sangue, Lovén usou sua conta pessoal no Facebook para agradecer as doações entretanto recebidas e contou que o garoto respondeu bem aos tratamentos médicos e alimentação e está melhorando gradualmente sua saúde. “Sua condição está estável agora. Hoje, ele conseguiu sentar sozinho e até sorriu para nós. Ele é um pequeno e forte garoto“. "Uma criança em recuperação que está sendo muito amada e cuidada", finalizou Lovén.

3 meses após ser resgatado das ruas, o pequeno Hope já parece completamente recuperado da desnutrição e adaptado à vida ao lado de outras crianças. Acusado de bruxaria. E olha só, até jogando bola o garotão ta, não é mole não!

Hope também passou por uma cirurgia para corrigir um defeito congênito na uretra, mas ela afirma que o procedimento foi simples e não ofereceu riscos.

A imagem, de Lovén dando água para o menino, rapidamente se espalhou pela internet. Impressionou pessoas em todo o mundo e ajudou a arrecadar mais de US$ 1 milhão, segundo o jornal britânico “Independent”.

Confira algumas imagens durante a recuperação de HOPE

Imagens: facebook de Anja Loven 
Sobre a heroína ANJA LOVÉN

Em uma entrevista ao Huffington Post, Lovén contou que em sua primeira visita à Nigéria conheceu uma criança que havia sido espancada quase até a morte por causa da superstição. Sem conseguir esquecer o caso, ela vendeu tudo o que tinha na Dinamarca e se mudou para o país africano, onde criou a fundação.

Ao lado do marido, David, Lovén criou a Fundação para a Educação e Desenvolvimento das Crianças Africanas, uma instituição que abriga 34 crianças, todas abandonadas após serem acusadas de bruxaria.

A esperança chera finalmente nas mãos certas, porque nos últimos três anos, Loven junto ao seu marido tornou a missão de sua vida para salvar a vida das crianças empobrecidas ou negligenciadas na Nigéria.

Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo. - Mahatma Gandhi

Fontes: Indepedente - Universomamma - Página da Fundação
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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Capitã Terri Gurrola se reencontra com sua filha depois de servir no Iraque por 7 meses
Davi Holanda

Capitã Terri Gurrola se reencontra com sua filha depois de servir no Iraque por 7 meses






 
Foto: Louie Favorite/The Journal of Constitution/AP
"Ter deixa minha filha para trás foi a coisa mais difícil que eu já tive que fazer. Ela tinha dois anos quando comecei o serviço no Iraque, em 2007. Eu não seria capaz de vê-la em seu próximo aniversário. Meu maior medo era que ela se esquecesse quem eu era", conta Gurrola.

Eu era a única mulher em todo o batalhão. Quando eu desembarquei do avião, um senhor veio me cumprimentar, como fazem todos os militares e mulheres quando voltam. Ele estendeu a mão e disse: "Bem-vinda, capitã." Depois de um tempo ouvi esta bela e familiar voz gritando: "Mamãe!". Olhei em sentido de onde a voz estava vindo. Lembro-me de correr de joelhos e agarrando Gaby; Eu não poderia deixar de ir la por um segundo. Ela continuou dizendo: "Mamãe, eu senti sua falta."

Eu estava chorando lágrimas de alegria pelo fato de que Gaby não ter me esquecido. Quando me dei conta, vi que cada pessoa que estava no aeroporto estavam chorando também. Homens, mulheres - não estou brincando: todos eles estavam chorando, conta Gurrola.

Eu não tinha ideia do impacto que esta fotografia ia ter. Um dia, Gaby e eu estávamos em pé numa fila em um aeroporto, quando ela disse: "Olha, mamãe, somos nós!" E lá estávamos em um grande cartaz.

A foto do emocionante encontro já percorreu o mundo todo e é considerada uma das mais belas da história
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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Quem foi Carlos Alberto Brilhante Ustra, homenageado por Bolsonaro na Câmara dos Deputados
Davi Holanda

Quem foi Carlos Alberto Brilhante Ustra, homenageado por Bolsonaro na Câmara dos Deputados

Foto de capa: Wilson Dias/Agência Brasil
Ustra nasceu em Santa Maria, no dia 28 de julho de 1932. Ex-Coronel do Exército Brasileiro, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército (de 1970 a 1974).

Um dos mais temidos militares nos anos de chumbo, Ustra chefiou o DOI-Codi, órgão de repressão do 2º Exército em São Paulo durante o período do regime militar no Brasil (1964-1985). Ele foi apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares das vítimas como responsável por perseguição, tortura e morte de opositores.

Conhecido pelo apelido de "Doutor Tibiriçá", ele foi acusado pelo desaparecimento e morte de pelo menos 60 pessoas. Durante sua gestão, pelo menos 500 casos de tortura teriam sido cometidos nas dependências do DOI-Codi.

Em 2008, foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) pela morte do militante comunista Carlos Nicolau Danielli (em dezembro de 1972) e tornou-se o primeiro militar a ser reconhecido, pela Justiça, como torturador durante a ditadura. Mas não houve tempo para sua condenação. Ustra morreu em 15 outubro do ano passado aos 83 anos em Brasília. Ele sofria de câncer de próstata.

Homenageado por Jair Bolsonaro em votação do impeachment no ultimo domingo (17) na Câmara dos Deputados, em Brasília:

"Nesse dia de glória para o povo tem um homem que entrará para a história. Parabéns, presidente Eduardo Cunha. Perderam em 1964 e agora em 2016. Pela família e inocência das crianças que o PT nunca respeitou, contra o comunismo, o Foro de São Paulo e em memória do coronel Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, o meu voto é sim", disse Bolsonaro.

Foi assim que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) justificou o voto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados. As declarações geraram polêmica, especialmente pela referência a Ustra.

Em 1972, Gilberto Natalini, hoje médico e vereador pelo PV-SP, tinha então 19 anos e foi torturado por Ustra. À época estudante de medicina, ele havia sido preso por agentes da ditadura que queriam informações sobre o paradeiro de uma amiga dele, envolvida na luta armada. Natalini negou-se a colaborar. A tortura consistia em choques elétricos diários, que, segundo ele, lhe causaram problemas auditivos irreversíveis.

"Bolsonaro não tem o direito de reverenciar a memória de Ustra. Ustra era um assassino, um monstro, que torturou a mim e a muitos outros", afirmou Natalini à BBC Brasil, confira:

Natalini conta ter sido vítima de tortura por cerca de dois meses na sede do DOI-Codi em São Paulo.

"Tiraram a minha roupa e me obrigaram a subir em duas latas. Conectaram fios ao meu corpo e me jogaram água com sal. Enquanto me dava choques, Ustra me batia com um cipó e gritava me pedindo informações", relembra.

"A tortura comprometeu minha audição. Mas as marcas que ela deixou não são só físicas, mas também psicológicas".

Natalini nega ter participado da luta armada contra a ditadura militar. Ele confirma ter feito oposição ao regime, mas diz que "sem violência".

"Sempre fui a favor da mobilização das consciências contra qualquer tirania. Nunca fui a favor de ações violentas. Acolhíamos perseguidos políticos, prestando atendimento médico quando necessário", diz ele, em alusão à Escola Paulista de Medicina (EPM), onde estudava.

"Mas todo mundo que se opunha ao governo militar era visto como terrorista", ressalva.


Mais informações: Wikipédia - BBC Brasil
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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Carlos Drummond de Andrade, " No mar estava escrita uma cidade"
Davi Holanda

Carlos Drummond de Andrade, " No mar estava escrita uma cidade"







 
Foto da estatua de Carlos Drummond de Andrade retirada do site Dia do Poeta
Quem passa todo os dias pelo calçadão de Copacabana, nas imediações do Posto 6, no Rio de Janeiro, já se acostumou com a silhueta de um velhinho que desde que ali chegou, nos idos de 30 de outubro de 2002, nunca mais abandonou a postura circunspecta e contemplativa.

O poeta Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, MG, em 1902.
Veio morar no Rio de Janeiro, em 1934, para trabalhar no Ministério da Educação e posteriormente no Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Foi cronista de jornais importantes da época.

Publicou seus primeiros poemas e crônicas em 1930. Tinha personalidade forte, quase um obstinado. Suas poesias e crônicas falavam da sociedade, do medo do futuro, das dualidades humanas e da História do Brasil.

Deixou-nos em 1987. Hoje, em sua homenagem, a estátua de bronze está sentada placidamente num banco da praia de Copacabana, bairro em que viveu por muitos anos.

Era lá que ele ficava nos finais de tarde, pensando, vendo as moças passarem, escutando o barulho do mar.

Em Homenagem da cidade do Rio de Janeiro desde 2002 ao Centenário do poeta Carlos Drummond de Andrade. A obra em bronze mais famosa do artista, instalada na orla de Copacabana, é o segundo monumento público mais visitado da cidade, perdendo apenas para o Cristo Redentor.

A estátua, idealizada pelo artista plástico mineiro, Leo Santana, está na orla de uma das praias mais famosas do mundo desde 30 de outubro de 2002. A obra pesa cerca de 150 quilos e foi feita para retratar um momento rotineiro da vida de Drummond, a partir de registro fotográfico. Sua inauguração se deu em meio às homenagens ao poeta que, embora mineiro, passou parte significativa de sua vida no Rio de Janeiro.

Curiosidade
Às vésperas de sua inauguração, quando ainda estava envolta em plástico da cabeça aos pés, ocorreu um fato curioso: policiais do 19º BPM chegaram a abrir chamada via rádio sobre a localização de um indivíduo possivelmente asfixiado, confundindo a estátua do poeta com a vítima de um crime.

Fontes: Postozero - Wikirio
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sexta-feira, 15 de abril de 2016

História do Counter-Strike: o jogo!
Davi Holanda

História do Counter-Strike: o jogo!

Imagem da internet
Counter-Strike (também abreviado por CS) é um popular jogo de computador, mais especificamente um "mod" de Half-Life para jogos online. É um jogo de tiro em primeira pessoa baseado em rodadas no qual equipes de contra-terroristas e terroristas combatem-se até a vitória. É acessível através do Steam.

Tudo começou em meados de 1996 quando Minh Le, um desenvolvedor de jogos vietnamita naturalizado canadense, teve o seu primeiro contato com o Quake, um dos grandes títulos de jogos de tiro em primeira pessoa. Depois de conferir o poderoso SDK, um kit para desenvolvimento e modificação anexado ao jogo, rapidamente o lado criativo e desenvolvedor do rapaz começaria a falar mais alto.

Baseando-se em operações realizadas por fuzileiros navais, Minh Le começou a criar o seu primeiro mod para o Quake, intitulado Navy SEALs. Nele o jogador assume o papel de um soldado da tropa especial de fuzileiro navais dos Estados Unidos, ganhando oponentes e uma série de armas que não estavam presentes na versão original do Quake; como pistolas com mira à laser, escopetas e submetralhadoras.

O tempo passou e já no quarto ano do curso de Ciências da Computação, Le começou a editar conteúdo para o recém lançado Half-Life, cujo motor de construção possuia muitas semelhanças com os do Quake e Quake 2. Neste período o desenvolvedor conheceu Jess Cliffe, iniciando finalmente a construção do mod que se tornaria até mesmo mais famoso do que o próprio jogo de origem, o Counter-Strike.

O espiríto CS aumentou até o ponto em que Le passou a se dedicar mais ao mod do game do que ao seu curso universitário, hoje vemos que esta foi uma ótima decisão - pelo menos para nós jogadores. Além de trabalhar no desenvolvimento do Counter-Strike, Cliffe cedeu sua voz para os famosos comandos de rádio que utilizamos nas partidas, conferindo ainda mais vida para o jogo.

Depois de um intenso trabalho da equipe inicial de desenvolvimento, em 19 de junho de 1999 é lançado primeiro beta aberto do CS; a partir deste momento o jogo passou a ter atualizações quase semanais e a criar sua imensa legião de fãs. Após um pouco mais de 1 ano e 19 versões beta, que moldaram o jogo e removeram erros, foi lançada a versão 1.0.

Já a partir da quarta versão beta a Valve, desenvolvedora do Half-Life, começou a ajudar Minh Lee no desenvolvimento do CS, observando é claro o enorme sucesso que estaria por vir. Em agosto de 2000, com a ajuda da Valve, a grande distribuidora de jogos Sierra obteve autorização para comercializar o Counter-Strike como uma extensão do Half-Life, rentabilizando aquilo que antes era apenas um passatempo.

O Counter-Strike foi um dos responsáveis pela massificação dos jogos por rede no início do século, sendo considerado o grande responsável pela popularização das LAN houses no mundo. O jogo é considerado um "desporto eletrônico". Muitas pessoas levam-no a sério e recebem ordenados fixos, existem mesmo clãs profissionais, e que são patrocinados por grandes empresas como a Intel e a NVIDIA.

Embalada pela a febre do Counter-Strike e o alto preço cobrado pela Internet banda larga, que continua até hoje, ocorreu a explosão de criação das LAN houses no Brasil e em vários outros lugares do planeta. De repente ir até a Lan house e desafiar amigos ou desconhecidos no CS se tornou um passatempo quase obrigatório para os adolescentes, contagiando depois pessoas de várias outras faixas etárias.

Pelo mundo existem ligas profissionais onde o Counter-Strike está presente, como o caso da CPL (que encerrou suas atividades em 2008), ESWC,2 ESL,3 WCG4 e WEG.5 No caso da ESWC funciona da seguinte forma: cada país tem as suas qualificações no qual qualquer clã pode ir a uma qualificação em uma lan house em qualquer parte do mesmo país, passando depois às melhores equipes, as melhores equipes de cada país encontram-se depois no complexo da ESWC, localizado em Paris, para disputar o lugar da melhor equipe do mundo de Counter-Strike.

Em 15 de setembro de 2003 foi lançada a versão 1.6 do Counter-Strike, a qual se mantém até os dias atuais como segundo jogo com o maior número de usuários da plataforma Steam, também da Valve e lançada na mesma época. Esta versão acabou desagradando bastante os antigos jogadores pela inserção do polêmico escudo para os CTs (contra terroristas), o qual os impede de serem baleados pela frente.

Mesmo com todo este sucesso, faltava ainda um modo campanha para o CS, pois até então ele podia somente ser jogado com outros jogadores ou então com o auxilio de bots, oponentes controlados pelo computador que simulam a ação de humanos em partidas multiplayer. A Valve vislumbrando esta possibilidade entregou nas mãos da Rogue Entertenaiment o desenvolvimento do Condition Zero.

Em março de 2004, depois de passar também pelas mãos da empresa Gearbox Software, o Counter-Strike: Condition Zero foi finalmente terminado pela Turtle Rock Studios. Nele foram aperfeiçoados os modelos e texturas do jogo original, conferindo um melhor visual e inteligência artificial, aperfeiçoada dos bots que surgiram na versão 1.6; para consolidar todas estas características foram criadas dezenas de missões com objetivos distintos.

A polêmica do CS no Brasil

Em decisão tomada pelo juiz federal Carlos Alberto Simões de Tomaz, atuante na 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais, a venda de artigos relacionados aos jogos Counter-Strike e EverQuest passou a ser proibida em 17 de janeiro de 2008. Segundo o juiz os jogos "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública, impondo sua proibição e retirada do mercado".

Segundo notícias da época toda a polêmica teria sido gerada por um mapa feito pelo jogador brasileiro Mataleone, inspirado nas favelas do Rio de Janeiro, o famoso cs_rio. Nele os CTs precisam subir o morro para resgatar reféns que ficaram em poder dos traficantes; sendo este um dos melhores mapas já criados para o Counter-Strike 1.6, presença confirmada nos melhores servidores.

Felizmente em junho de 2009 a comercialização do CS foi novamente permitida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, localizado em Brasília, mediante argumentação da distribuidora Eletronic Arts de que o jogo já havia sido marcado como impróprio para menores de 18 anos; tendo seu público maior de idade o discernimento necessário para não levar o jogo para a vida real. Depois deste caso não houveram outras proibições de grande repercussão contra jogos no país, pelo bem da democracia.

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Mesmo após 14 anos de seu lançamento, Counter-Strike ainda atrai um número considerado de jogadores nos servidores online do game. A maioria deles está dividida nas versões 1.6 e Source.

Quando todos achavam que Counter-Strike "morreria" aos poucos e seria jogado apenas pelos gamers saudosistas, eis que os fãs tiveram algumas novidades em plano ano de 2012. Em agosto foi lançado um novo game da franquia: Global Offensive.

Counter-Strike: Global Offensive mantém a essência dos primeiros jogos, mas traz gráficos atuais e itens até então inéditos, como o Molotov Cocktail, Decoy Granade e Zeus x27 Teaser. Counter-Strike Online 2, é uma nova versão do jogo Online criada com a Source Engine.


Fontes: Wikipédia - TechTudo
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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Chacrinha - o maior comunicador para as massas do rádio e da TV
Davi Holanda

Chacrinha - o maior comunicador para as massas do rádio e da TV

Chacrinha em seu programa na TV
Grande comunicador de rádio e o maior nome da televisão no Brasil. Estreou na TV Tupi do Rio de janeiro em 1956, vestido de xerife, apresentando o “Rancho Alegre”. Logo depois foi para a TV Rio. Seu programa, por muitos anos, foi patrocinado pelas Casas da Banha. Daí as brincadeiras com o bacalhau - ou outro produto alimentício - jogado para o público no auditório. Foi o autor da célebre frase: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia". Em seus programas de televisão, foram revelados para o país inteiro nomes como Roberto Carlos, Paulo Sérgio e Raul Seixas, entre muitos outros.. José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, nasceu em Surubim, cidade localizada no agreste pernambucano, no dia 30 de setembro de 1917. Foi casado com dona Florinda Barbosa por 41 anos e teve 3 filhos

Nasceu em Surubim, no Agreste de Pernambuco. Ainda na infância mudou-se com a família para Caruaru, também em Pernambuco, e depois, aos 10 anos de idade, para Campina Grande na Paraíba. Aos 17, foi estudar no Recife, capital pernambucana. Começou a cursar faculdade de Medicina em 1936 e em 1937 teve o seu primeiro contato com o rádio na rádio Clube de Pernambuco, ao dar uma palestra sobre alcoolismo. Chacrinha, apesar de sucessivas crises financeiras na família, teve uma infância tranquila.

Em Recife, ponto de chegada, Chacrinha prosseguiu seus estudos e todos os caminhos pareciam indicar a Faculdade de Medicina para o jovem Abelardo. Não pretendendo passar um ano inteiro no quartel, falsificou a data de nascimento na cédula de identidade e acabou ingressando no Tiro de Guerra. Após esta experiência, foi tocar bateria. Dois anos depois de começar seus estudos de medicina, em 1938, caiu nas mãos de colegas já formados que o salvaram de uma apendicite supurada e gangrenada. Ainda convalescente da delicada cirurgia, ele, como percussionista do grupo Bando Acadêmico, decidiu aos 21 anos, viajar, como músico no navio Bagé rumo à Alemanha. Porém, naquele dia estourou a Segunda Guerra Mundial que agitava o mundo em 1939 o fizeram desembarcar na então capital federal, o Rio de Janeiro onde se tornou locutor na Rádio Tupi. Em 1943, lançou na Rádio Fluminense um programa de músicas de Carnaval chamado Rei Momo na Chacrinha, que fez muito sucesso. Passou então a ser conhecido como Abelardo "Chacrinha" Barbosa. Nos anos 1950 comandaria o programa Cassino do Chacrinha, no qual lançou vários sucessos da música brasileira como Estúpido Cupido, de Celly Campelo, e Coração de Luto, do artista gaúcho Teixeirinha. E, no Cassino do Chacrinha, ele fingia, com sons e ruídos, que lá aconteciam enormes festas e lançamentos.

Em 1956 estreou na televisão com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi, na qual começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Em seguida foi para a TV Rio e, em 1967, foi contratado pela Rede Globo. Chegou a fazer dois programas semanais: Buzina do Chacrinha (no qual apresentava calouros, distribuía abacaxis e perguntava "-Vai para o trono, ou não vai?") e Discoteca do Chacrinha. Cinco anos depois voltou para a Tupi. Em 1978 transferiu-se para a TV Bandeirantes e, em 1982, retornou à Globo, onde ocorreu a fusão de seus dois programas num só, o Cassino do Chacrinha, que fez grande sucesso nas tardes de sábado.

Os jurados ajudavam a criar o clima de farsa, no qual se destacaram Carlos Imperial, Aracy de Almeida, Rogéria, Elke Maravilha e Pedro de Lara, dentre muitos outros. Outro elemento para o sucesso dos programas para TV eram as chacretes - dançarinas profissionais de palco, que faziam coreografias para acompanhar as músicas e animar o programa. No início eram conhecidas como as "vitaminas do Chacrinha". Além da coreografia ensaiada, as dançarinas recebiam nomes exóticos e chamativos como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Fátima Boa Viagem, Suely Pingo de Ouro, Fernanda Terremoto, Cristina Azul, entre outras.

Chacrinha apareceu em filmes brasileiros dos anos 1960 e 1970, geralmente interpretando ele mesmo. No filme Na Onda do Iê-iê-iê, de 1966, ele encena seu programa de calouros "A Hora da Buzina", exibido na TV Excelsior. Dentre os calouros, estavam Paulo Sérgio (como ele mesmo) e Silvio César (que interpretava o personagem César Silva). Chacrinha diz diversos de seus bordões: "Vai para o trono ou não vai?", "Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?", "Cheguei, baixei, saravei". Há também outras frases engraçadas, quando ele diz que "Graças a Deus o programa acabou".

Anualmente, lançava em seu programa uma marchinha para o Carnaval. Conhecido como Velho Guerreiro, em 1987 foi homenageado pela Escola de Samba carioca Império Serrano com o enredo "Com a boca no mundo - Quem não se comunica se trumbica", foi a única vez que desfilou numa escola de samba, surgiu no último carro alegórico, que reproduzia o cenário de seu programa, rodeado de chacretes, de Russo (seu assistente de palco) e Elke Maravilha. Em outubro de 1987 recebeu, dos professores Annita Gorodicht e Paulo Alonso, o título de "doutor honoris causa" da Faculdade da Cidade, no Rio. Seu aniversário de 70 anos foi comemorado em setembro de 1987 com um jantar oferecido em sua homenagem pelo então Presidente da República, José Sarney.
Durante o ano de 1988, já doente, foi substituído em alguns programas por Paulo Silvino. Ao voltar à cena, no mês de junho, comandou a atração com João Kléber, até que pudesse se sentir forte novamente. Faleceu no dia 30 de junho de 1988, às 23h30, de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória (tinha câncer no pulmão) aos 70 anos. O último programa Cassino do Chacrinha foi ao ar em 2 de julho de 1988.

Frases de Chacrinha

* "Eu vim pra confundir, não pra explicar."
* "Na TV nada se cria, tudo se copia."
*"Não sou psicanalista e nem analista. Sou vigarista."
* "Alô Sarney, não perca de vista o pecuarista."
* "A melhor lua pra se plantar mandioca é a lua-de-mel."
* "Alô, Dona Maria, seu dinheiro vai dar cria."
* "Honoris causa é a mesma coisa do que hors-concours."
* "O mundo está em dicotomia convergente, mas vai mudar."
* "Quem não se comunica, se trumbica."
* "Terezinha, uuuuuhhh!"


Fonte: Wikipédia - Livro: "Quem não se comunica se trumbica", de Lúcia Rito e Florinda Barbosa, Editora Globo, 1996
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terça-feira, 12 de abril de 2016

Equipamento anti-masturbação do século XIX
Davi Holanda

Equipamento anti-masturbação do século XIX

O instrumento vitoriano, datado de 1880, era preso por uma tira ao redor do corpo do garoto, que ficava impossibilitado de manusear o membro. 
equipamento anti-masturbação do século XIX
Foi projetado para evitar tanto a ereção involuntária durante a noite quanto a masturbação. Se um homem se tornar despertado no meio da noite, esta engenhoca iria reprimir, extinguindo ambos seu desejo, bem como sua ereção de uma forma muito repentina e dolorosa!
O equipamento era usado 24 horas por dia..
Muitos médicos acreditavam que a masturbação causava uma ampla gama de distúrbios mentais e físicos, podendo até ser fatal ao longo do tempo. Médicos e cirurgiões se dedicavam absurdamente para encontrar uma "cura".

Essa ideia começou a enraizar quase cem anos antes. Em 1758, por um médico suíço chamado Samuel Auguste Tissot, ele afirmava que a masturbação era terrível e prejudicial ao corpo e mente das pessoas. Ele chegou até a escrever um livro "Diseases Caused by Masturbation", traduzido para o português é algo do tipo "Doenças causadas pela masturbação". O livro conta histórias de seus próprios pacientes e dos pacientes de outros renomados médicos europeus para apoiar sua afirmação de que a masturbação é prejudicial para o corpo e a mente de uma pessoa. Tissot também usa citações dos médicos antigos, como Galen e Celsus, bem como os médicos mais notáveis de sua época, como Herman Boerhaave, para reforçar ainda mais a sua afirmação.

A saúde e a espiritualidade eram os principais motivos da condenação do ato. Logo, diversos artifícios foram elaborados para evitar a auto-estimulação, principalmente entre os mais jovens. No entanto, a severa repressão sexual da época serviu de

A masturbação sempre esteve (e porque não dizer que ainda está) cercada de tabus e severas restrições, principalmente no caso das mulheres. Apesar do avanço na relação sociedade/sexualidade, ainda hoje levamos muitos dos pensamentos medievais pro nosso dia a dia.


Fontes: Wikipédia - The Chirurgeon's Apprentice - Sex Machines Museum
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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Índia Vanuíre
Davi Holanda

Índia Vanuíre

Índia Vanuíre
No início do século XX, a marcha do café para o oeste de São Paulo, trouxe consequências violentas para os Kaingang que ocupavam esse território. Ocorriam constantes chacinas de aldeias inteiras e grande divulgação negativa dos Kaingang por meio da imprensa, com o objetivo de desvalorização das terras dominadas pelos indígenas, para posterior valorização para aqueles que as compraram. O extermínio não se completou graças à ação do SPI – Serviço de Proteção aos Índios.

Desde então, a índia Vanuíre faz parte do imaginário da população da região, sendo considerada uma heroína. De acordo com a lenda, Vanuíre subia em um jequitibá de dez metros de altura, onde permanecia do nascer do dia ao cair da tarde entoando cânticos de paz.


De fato, Vanuíre foi uma Kaingang trazida do Paraná pelo SPI, como estratégia de atração dos Kaingang da região para que fossem aldeados. Assim, ela atuou como intérprete. Ela simboliza o fim dos conflitos, em 1912, que resultou no aldeamento dos Kaingang em duas áreas restritas, hoje as Terras Indígenas Vanuíre e Icatu, localizadas respectivamente em Arco-Íris e Braúna (SP). A índia Vanuíre faleceu em 1918 em Icatu, onde viveu seus últimos dias. É considerada por muitos como a grande “pacificadora”.

Conteúdo: (RIBEIRO, Darcy. Os índios e a civilização. A integração das populações indígenas no Brasil moderno. 2a ed. Patrópolis: Vozes, 1977.)

Os Kaingang estão entre os mais numerosos povos indígenas do Brasil. Falam uma língua pertencente à família linguística Jê. Junto com os Xokleng, integram o ramo Jê Meridionais. Sua cultura desenvolveu-se à sombra dos pinheirais, ocupando a região sudeste/sul do atual território brasileiro. Há pelo menos dois séculos sua extensão territorial compreende a zona entre o Rio Tietê (SP) e o Rio Ijuí (norte do RS). No século XIX seus domínios se estendiam, para oeste, até San Pedro, na província argentina de Misiones.
Atualmente os Kaingang ocupam pouco mais de 30 áreas reduzidas, distribuídas sobre seu antigo território, nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com uma população aproximada de 34 mil pessoas. 

Sozinhos, os Kaingang correspondem a quase 50% de toda população dos povos de língua Jê, sendo um dos cinco povos indígenas mais populosos no Brasil.


Apoio: Museu índia Vanuíre - Portal Kaingang
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quarta-feira, 6 de abril de 2016

"O Beijo da Vida", vencedora do Prêmio Pulitzer de 1968
Davi Holanda

"O Beijo da Vida", vencedora do Prêmio Pulitzer de 1968

Em 17 de julho de 1967, o fotógrafo Rocco Morabito dirigia o seu carro por uma estrada dos EUA quando viu um poste de alta-tensão onde um funcionário da companhia de luz tinha acabado de receber uma forte descarga elétrica. Parou o carro, chamou uma ambulância pelo rádio, colocou um filme na sua câmera e desceu. Quando voltou para a redação do Jacksonville Journal, Rocco disse “acho que tenho uma foto muito bonita”, mas o editor lhe respondeu que a edição do dia seguinte já estava fechada. Às pressas ele mesmo revelou o filme e mostrou a foto para o editor. Depois de olhar por um instante, ele disse “muito boa”. Vamos chamar de “O beijo da vida” e vamos publicá-la na primeira página. O funcionário da companhia sobreviveu ao acidente e a foto venceu o Prêmio Pulitzer de 1968.
"O beijo da vida", vencedora do Prêmio Pulitzer de 1968
A foto de Rocco Morabito, vencedora do Pulitzer de 1968, mostra o operário JD Thompson, suspenso em um poste, fazendo respiração boca-a-boca no colega de trabalho Randall G. Champion, que estava inconsciente e pendurado de cabeça para baixo depois de entrar em contato com uma linha de alta tensão. Thompson ficou incapaz de realizar a reanimação cardiopulmonar (RCP), dadas às circunstâncias, continuou com a respiração boca a boca até sentir o pulso de Champion. Em seguida, soltou seu cinto e desceu com Champion em seu ombro. 
Rocco Morabito em 2008
Morabito estava dirigindo na West 26th Street, em Julho de 1967, quando viu Champion pendurado no poste. Ele chamou uma ambulância e pegou sua câmera. "Ouvi gritos. Olhei para cima e vi este homem pendurado. Meu Deus. Eu não sabia o que fazer. Tirei uma foto bem rápido. J. D. Thompson estava correndo em direção ao poste. Fui para o meu carro e liguei para uma ambulância. Eu voltei para o poste e J.D. estava fazendo respiração em Champion. Recuei para longe até que eu bati em uma casa e eu não podia ir mais longe. Então bati mais outra foto. Ouvi Thompson gritando para baixo: Ele está respirando" disse Morabito.
Champion recebe a visita de Thompson e Rocco no hospital após seu segundo acidente
Champion sofreu um segundo choque elétrico 20 anos depois, que o deixou parcialmente paralisado e morreu em 2002, 35 anos depois do primeiro acidente, aos 64 anos. Morabito morreu em 5 de abril de 2009. Já Thompson não encontrei mais detalhes.

Edição: História Com Fotos

Fontes: Wikipédia - Find a Grave - Rare Historical Photos - Omnologos
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terça-feira, 5 de abril de 2016

Silvio Santos, candidato à Presidência da República em 1989
Davi Holanda

Silvio Santos, candidato à Presidência da República em 1989

"Para votar no Silvio Santos vote 26"
Muitos não lembram, outros nem sabem, mas há 26 anos o apresentador Silvio Santos se candidatou à Presidência do Brasil. Após muitas especulações sobre se seria candidato ou não, o Homem do Baú decidiu lançar-se como postulante ao mais alto cargo da Nação e estremeceu o pleito, que até então era liderada com folga por Fernando Collor de Mello (PRN).

"Podem acreditar, o Silvio Santos vai lutar por vocês. O Silvio Santos vai defender os interesses do povo. O Silvio Santos vai lutar pelo desenvolvimento do Brasil. Quem confia em mim, quem acredita em mim, deve votar no 26", disse o apresentador durante a corrida eleitoral.

Se eleito, o presidente Silvio Santos teria uma base de sustentação política vinda do PFL. “Um grupo do partido achava que, diante do populismo de direita do Collor e do populismo de esquerda do Lula, o melhor era apresentar um populista de centro”, diz o deputado federal Marcondes Gadelha, candidato a vice na chapa de Silvio. “Esse grupo era formado por mim, Inocêncio Oliveira, Edison Lobão, Hugo Napoleão, Divaldo Suruagy e João Alves”, ele conta. “O Silvio me falava que queria cuidar da questão social, e que o resto do governo ficaria por minha conta. Eu seria um tipo de primeiro-ministro.” 

O seu jingle de campanha era: "Chegou aquele, que a gente queria, para o Brasil governar. Agora o povo está contente, já temos em quem votar. É o 26, é o 26. Com Silvio Santos chegou a nossa vez. Silvio Santos já chegou, e é o 26. E o Brasil ganhou". (Confira o Vídeo)

Silvio Santos tinha uma obsessão por casas. “A prioridade dele era o social, incluindo a saúde e a educação. Mas seu grande projeto de governo era construir uma casa própria para cada cidadão brasileiro até o fim do mandato. Ele só falava nisso”, diz Marcondes Gadelha. De acordo com o político, nas negociações que definiram sua candidatura, Silvio teria dito que não queria se envolver nos acordos com o Congresso nem definir as regras para a política econômica. O que ele queria mesmo é que lhe sobrasse tempo – para viajar pelo país – e dinheiro para instituir sua política habitacional. “O bom desse projeto dele é que estimularia as empresas de construção civil”, afirma o vice da chapa.

De acordo com pesquisas realizadas na época, a candidatura de Silvio Santos atingiu a preferência de cerca de 30% do eleitorado. Em face do indeferimento do pedido de registro dos candidatos do PMB, a disputa retornou ao patamar anterior, com a liderança de Fernando Collor de Mello na campanha presidencial, ao situar-se na faixa de 30% na preferência do eleitorado, seguido por Luiz Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola, ambos com cerca de 15%.


Fatos interessantes:
• A campanha de 1989 era a primeira eleição direta para presidente desde 1960.
• A lista de candidatos era enorme: 12 nomes, incluindo Mário Covas, Ulysses Guimarães, Leonel Brizola, Luís Inácio Lula da Silva, Fernando Collor e Aureliano Chaves.
• Silvio oficializou a candidatura 15 dias antes da votação. Ele substituiu Armando Corrêa, do Partido Municipalista Nacional (PMN), pois Aureliano, do PFL, se recusara a renunciar em favor de SS. A cédula já estava impressa, e o eleitor teria que votar no número 26, no nome “Corrêa”.
• A letra do jingle da campanha era: “É o 26, é o 26, com Silvio Santos chegou a nossa vez”. A melodia, a mesma do tema de abertura do Programa Silvio Santos (“Silvio Santos vem aí...”).
• Três dias depois de se candidatar, Silvio tinha 29% das intenções de voto e estava perto de disputar o 2º turno com Fernando Collor.
• A uma semana da votação, a Justiça Eleitoral decidiu que a candidatura de Silvio não era válida, porque o PMN não tinha feito convenções estaduais para referendar seu nome .
• Em 1988, Silvio já concorrera a prefeito de São Paulo – e desistido antes do pleito. Em 1992, novamente anunciou que tentaria a prefeitura – e outra vez voltou atrás. Em janeiro de 2002, novos boatos de que ele iria tentar a Presidência levaram o Instituto Sensus a fazer uma pesquisa com seu nome. Silvio, o segundão, teria 17,8% dos votos, contra 30,5% de Lula.


Fontes: Tribunal Superior Eleitoral - Caras - Super Interessante
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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Conheça os autores do beijo mais famoso do mundo
Davi Holanda

Conheça os autores do beijo mais famoso do mundo


O marinheiro que protagoniza a famosa fotografia pós segunda-guerra mundial, em que aparece beijando a enfermeira Edith Shain, em Times Square, ganhou finalmente uma identidade.
O famoso beijo pós segunda-guerra
A história é conhecida e conta de uma forma simples. um marinheiro norte-americano, assim que soube que a Segunda Guerra Mundial tinha terminado, agarrou-se a uma enfermeira que passava pelo local e beijou-a. O momento foi imortalizado pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt e assim nasceu uma das fotografias mais icónicas de celebração pós-guerra.

O autor deste famoso beijo permaneceu sem identidade durante mais de seis décadas, mas foi agora identificado através do estudo aprofundado da vida do fotógrafo Alfred Eisenstaedt por parte de um perito forense.

Dez homens diziam ser o marinheiro da foto tirada no dia em que os Aliados celebravam a vitória sobre o Japão (15 de Agosto de 1945), mas através deste estudo as dúvidas foram finalmente dissipadas.

Glenn McDuffie posa em 2007 com fotos da época em que serviu na Marinha dos EUA e do famoso beijo (Foto: Pat Sullivan/AP/Arquivo)
Segundo Lois Gibson, polícia de Houston, o homem por trás do mistério é Glenn McDuffie. Um veterano de guerra com mais de 80 anos que, durante anos, tentou provar ser o autor do beijo. 

Não podia estar mais feliz, disse McDuffie ao The Times. Pensei que ia morrer antes de resolver esta questão. Era o meu maior medo, acrescentou.

McDuffie referiu-se também aos outros homens que reivindicavam a autoria do famoso beijo. As pessoas diziam que eu não estava a dizer a verdade, que eu era um mentiroso. Todas as pessoas que reclamavam ser o marinheiro… levem-nos a fazer um teste do polígrafo, afirmou o marinheiro.

Edith Shain com uma cópia da foto icônica de seu beijo
A identidade da enfermeira na foto não era conhecida até o final dos anos 1970, quando Edith escreveu ao fotógrafo dizendo que ela era a mulher da foto tirada no dia 14 de agosto na época em que trabalhava em um hospital da cidade de Nova York. Ela contou que, no momento ela pensou que poderia muito bem deixá-lo beijá-la uma vez que ele lutou por ela durante a guerra. Shain não manifestou que ela era a mulher de vestido branco até muitos anos mais tarde, quando ela escreveu a Eisenstaedt.

Em entrevistas à época, McDuffie relembrava o dia do anúncio do fim da guerra, quando estava trocando de trens em Nova York. "Eu estava tão feliz. Saí correndo pela rua". Ele tinha 18 anos e estava a caminho do Brooklyn para visitar sua namorada. "Então eu vi a enfermeira. Ela me viu gritando com um sorriso enorme em meu rosto. (...) Eu fui direto até ela e a beijei", contou. Depois, seguiu até a casa da namorada, sem nunca ter trocado palavra com a enfermeira.

Em 20 de junho de 2010, Shain faleceu aos 91 anos, após uma batalha contra um câncer de fígado. E Glenn McDuffie morreu em 2014 aos 86 anos, em um lar de idosos em Dallas, no Texas.


Fontes: Wikipédia - G1 - CY8CY
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