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domingo, 20 de março de 2016

DIEGO FRAZÃO TORQUATO - Duque de Caxias - Brasil

 
Conhecido como Azul, devido ao tom retinto de sua pele, ou Diego do violino, desde muito pequeno, Diego conviveu com doenças, como a meningite, mas, apesar disso, não perdeu o entusiasmo para a música.
Diego Frazão - Menino Azul
Não tinha formação clássica, mas passava sentimento na execução, o que incluiu as lágrimas do enterro do líder do Afroreggae, assassinado, Evandro João da Silva. noticiado com destaque pela imprensa brasileira, o que lhe daria notoriedade.

O jornal O Globo, relatou a imagem "como uma das mais emocionantes dos últimos tempos".

A infância dele foi marcada pelo ambiente envolvido na criminalidade e pelas doenças. A última delas levou à internação de 24 dias, quando sofreu infecção generalizada após uma cirurgia de apêndice, que levou ao agravamento do caso. Ele dependia da ajuda de aparelhos para regular a pressão sanguínea e teve uma parada cardiorrespiratória. Pouco depois morreu.

Durante esse período, também ficou internado no Hospital de Saracuruna com leucemia aguda, mas não pôde fazer quimioterapia pelo risco do procedimento.

Diego participou das oficinas do grupo em Parada de Lucas e se tornou a estrela da orquestra da orquestra de cordas do Afroreggae, uma ONG que atua no combate ao ingresso de jovens no tráfico.

Em dezembro de 2009, ele participou da campanha de final de ano da Rede Globo.

Foi indicado em 2010 ao Prêmio Faz Diferença do jornal O Globo.

Diego toca na TV, confira (aqui).

A jornalista Míriam Leitão escreveu sobre ele:

Por que as crianças morrem? Por que morre uma criança azul? Que tocava violino, que tocava as pessoas, que sabia chorar um choro tão sentido, que convocava a solidariedade. Diego poderia ter se perdido de tantas formas em Parada de Lucas, mas se encontrava. O Rio o conheceu porque ele sabia chorar e tocou violino no dia da morte do seu professor. O Rio não entendeu esse final.

Saber chorar é arte. Fugir dos riscos que cercam meninos negros nas áreas ainda não pacificadas do Rio é arte. Vencer uma meningite aos quatro, estudar violino no meio de tiroteios é arte. Fazer-se amar é arte. Diego, o artista, fez chorar quem o conhecia e quem não o conhecia, quem falou com ele, e quem nunca o ouviu.

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Davi Holanda

Editor

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