Odilon de Oliveira (67), nasceu em 26/02/49, Município de Exu/PERNAMBUCO. Retirante da seca, sua família migrou para o então Mato Grosso em 53. Filho de lavradores, trabalhou na roça até os 17 anos, onde foi alfabetizado em casa. Formou-se em Direito aos 29 anos. Foi Procurador Federal, Promotor de Justiça, Juiz de Direito. É Juiz Federal desde 1987. Sempre trabalhou em fronteiras como juiz federal, na área criminal. Condenou centenas de traficantes internacionais. É titular da única vara especializada em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro de Mato Grosso do Sul.
O juiz federal Odilon, vive sob escolta policial 24h por dia desde 1998, por conta das ameaças de morte recebidas. Nesse período de 18 anos, passou a ser amparado pela escolta até em seus sonhos. Os policiais que cuidam da segurança do juiz andam o tempo todo armados com submetralhadoras e pistolas.
A primeira gaveta do enorme armário de aço no gabinete do juiz federal Odilon de Oliveira está cheia. São inquéritos da polícia federal, gravações telefônicas, cartas, recortes de jornal, bilhetes saídos de presídios e extensas investigações. Tudo, absolutamente tudo sobre o mesmo tema: planos e ameaças para matá-lo. É que Odilon fez alguns inimigos atuando na Justiça Federal. E ninguém fica imune depois de ter desestruturado dezenas de organizações criminosas, ter condenado mais de 250 traficantes – ele perdeu a conta – e ter confiscado bilhões de reais do crime organizado.
Até 1997, um ano antes de viver sob a proteção da polícia, o juiz e a mulher tinham uma vida social mais intensa e até faziam aulas de dança de salão. Mas a rotina mudou. "Do trabalho sigo para a casa e, quando saio vou a um salão de beleza, ou na academia de ginástica, somente isso. De 15 em 15 dias reúno amigos, mas em casa".
"Desde que sou protegido, até meus sonhos, quando durmo, mudaram. Às vezes, sonho que estou fugindo dos policiais, pulando o muro de minha casa, depois bate um desespero, cadê os policiais? Mesmo quando sonho com outra coisa, vejo, na cena, um policial, é um tormento", conta o chefe da 3ª Vara Federal de Mato Grosso do Sul.
Pai de dois filhos e uma filha, já adultos, o magistrado é escoltado até dentro de casa, todos os dias, 24 horas por dia. "Os policiais moram numa guarita", diz. Ao todo, são dez investigadores da Polícia Federal, que vêm de fora do Estado e se revezam no turno de 24 horas. A cada dois meses há troca de agentes.
Por seu trabalho contra o tráfico de drogas, ele anda o tempo todo cercado de policiais federais e seguranças particulares. Como aqueles que colocou atrás das grades, ele perdeu a liberdade: ”’A única diferença é que tenho a chave da minha prisão.”
O magistrado mora em Campo Grande (MS), mas viaja com frequência para vários lugares - entre eles, a fronteira do Brasil com o Paraguai, que tem cidades comandadas pelo crime organizado. Ele já morou em Ponta Porã (MS), município fronteiriço, onde sofreu uma tentativa de assassinato.
"Acho que o juiz não deve temer nada, os criminosos devem ser punidos com rigor e a legislação brasileira, mudar, porque é fraca, favorece o crime organizado", opina.
Em seu escritório, Oliveira tem uma gaveta confidencial: "aqui estão os planos que encontrei para me matarem", diz. Único juiz do Brasil protegido a esse nível, com seguranças que o acompanham 24 horas por dia - o único dos quase 205 magistrados federais que já foi ameaçado oficialmente.
De 2005 a 2014, recuperou do crime organizado em torno de 259 casas e apartamentos, 150 propriedades rurais, 150 aviões e helicópteros, 890 carros e motos, 20 cabeças de gado, 15 milhões em dinheiro - total de 2 bilhões de reais.
Recebeu dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, dentre os quais: Ordem do Mérito Militar, por decreto presidencial de 30/03/2000; 2) Mérito pela Valorização da Vida – Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, em 2009; 3) PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais, em São Paulo, em 2010; 4) Mérito Legislativo, em 2011 - Câmara dos Deputados Federais; 5) Prêmio da Organização das Nações Unidas (UNODC), em 2011.
Escoltas para a vida toda
Odilon de Oliveira diz que, mesmo quando se aposentar, em 2019 (daqui a três anos), quando tiver 70 anos de idade, ainda vai requisitar a proteção policial.
Fontes: UOL - R7 - Terra
Confira: VÍDEO Conexão Repórter - À Sombra da Lei - Parte 1
O juiz federal Odilon, vive sob escolta policial 24h por dia desde 1998, por conta das ameaças de morte recebidas. Nesse período de 18 anos, passou a ser amparado pela escolta até em seus sonhos. Os policiais que cuidam da segurança do juiz andam o tempo todo armados com submetralhadoras e pistolas.
A primeira gaveta do enorme armário de aço no gabinete do juiz federal Odilon de Oliveira está cheia. São inquéritos da polícia federal, gravações telefônicas, cartas, recortes de jornal, bilhetes saídos de presídios e extensas investigações. Tudo, absolutamente tudo sobre o mesmo tema: planos e ameaças para matá-lo. É que Odilon fez alguns inimigos atuando na Justiça Federal. E ninguém fica imune depois de ter desestruturado dezenas de organizações criminosas, ter condenado mais de 250 traficantes – ele perdeu a conta – e ter confiscado bilhões de reais do crime organizado.
Até 1997, um ano antes de viver sob a proteção da polícia, o juiz e a mulher tinham uma vida social mais intensa e até faziam aulas de dança de salão. Mas a rotina mudou. "Do trabalho sigo para a casa e, quando saio vou a um salão de beleza, ou na academia de ginástica, somente isso. De 15 em 15 dias reúno amigos, mas em casa".
"Desde que sou protegido, até meus sonhos, quando durmo, mudaram. Às vezes, sonho que estou fugindo dos policiais, pulando o muro de minha casa, depois bate um desespero, cadê os policiais? Mesmo quando sonho com outra coisa, vejo, na cena, um policial, é um tormento", conta o chefe da 3ª Vara Federal de Mato Grosso do Sul.
Pai de dois filhos e uma filha, já adultos, o magistrado é escoltado até dentro de casa, todos os dias, 24 horas por dia. "Os policiais moram numa guarita", diz. Ao todo, são dez investigadores da Polícia Federal, que vêm de fora do Estado e se revezam no turno de 24 horas. A cada dois meses há troca de agentes.
Por seu trabalho contra o tráfico de drogas, ele anda o tempo todo cercado de policiais federais e seguranças particulares. Como aqueles que colocou atrás das grades, ele perdeu a liberdade: ”’A única diferença é que tenho a chave da minha prisão.”
O magistrado mora em Campo Grande (MS), mas viaja com frequência para vários lugares - entre eles, a fronteira do Brasil com o Paraguai, que tem cidades comandadas pelo crime organizado. Ele já morou em Ponta Porã (MS), município fronteiriço, onde sofreu uma tentativa de assassinato.
"Acho que o juiz não deve temer nada, os criminosos devem ser punidos com rigor e a legislação brasileira, mudar, porque é fraca, favorece o crime organizado", opina.
Em seu escritório, Oliveira tem uma gaveta confidencial: "aqui estão os planos que encontrei para me matarem", diz. Único juiz do Brasil protegido a esse nível, com seguranças que o acompanham 24 horas por dia - o único dos quase 205 magistrados federais que já foi ameaçado oficialmente.
De 2005 a 2014, recuperou do crime organizado em torno de 259 casas e apartamentos, 150 propriedades rurais, 150 aviões e helicópteros, 890 carros e motos, 20 cabeças de gado, 15 milhões em dinheiro - total de 2 bilhões de reais.
Recebeu dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, dentre os quais: Ordem do Mérito Militar, por decreto presidencial de 30/03/2000; 2) Mérito pela Valorização da Vida – Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, em 2009; 3) PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais, em São Paulo, em 2010; 4) Mérito Legislativo, em 2011 - Câmara dos Deputados Federais; 5) Prêmio da Organização das Nações Unidas (UNODC), em 2011.
Escoltas para a vida toda
Odilon de Oliveira diz que, mesmo quando se aposentar, em 2019 (daqui a três anos), quando tiver 70 anos de idade, ainda vai requisitar a proteção policial.
Fontes: UOL - R7 - Terra
Confira: VÍDEO Conexão Repórter - À Sombra da Lei - Parte 1
Este juiz é um orgulho para o país.
ResponderExcluirE os impunes e imunes estão por aí.
ResponderExcluirAcredito:quero ser um juízo um dia quero acreditar nessa possibilidade?
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